INCERTEZAS - Santanense: manifestação também em Pará de Minas

Empresa teve lucro de R$ 123 milhões em um trimestre em 2018 e cinco anos depois atravessa crise

INCERTEZAS - Santanense: manifestação também em Pará de Minas
Foto: Reprodução/Redes sociais


As manifestações em torno de descumprimentos de obrigações com os funcionários da Cia. Tecidos Santanense continuam. Os atrasos nos tickets, nos repasses de benefícios são os maiores problemas, já que os salários estão sendo pagos. Porém a incerteza e o medo do desemprego rondam as famílias e o problema não é só na unidade de Itaúna. Nesta semana, os trabalhadores da Santanense em Pará de Minas também fizeram manifestações na porta da empresa, cobrando seus direitos, assim como já ocorreu várias vezes em Itaúna.

As informações obtidas pela FOLHA, recentemente, são de que os funcionários voltariam a trabalhar, visto que desde o início do ano estão em regime de stand by (espera) em casa. Os boatos de falência são constantes, porém a direção da empresa não se manifesta. Nos últimos dias, o Sindicato dos Tecelões informou que está em contato permanente com a administração da Santanense, mas ainda não tem uma resposta definitiva sobre o que está sendo feito no enfrentamento da crise e aguarda a marcação de reunião com o comando da empresa.

Especialistas afirmam que o momento de dificuldades é passageiro e que a empresa tem condições de se reerguer. Informações dos balanços, como um faturamento de R$ 123,8 milhões no primeiro semestre de 2018 e o pagamento de dividendos em 2022 aos acionistas, são indicativos de que a situação pode ser resolvida. A saída para os funcionários é aguardar, como disse um dos funcionários locais da empresa, que afirma não ser prudente, no momento, deixar a empresa, pois perderia uma série de benefícios que amealhou anos a fio trabalhando na fábrica.