Articulação possível ou estratégia bem pensada. E as piadas da semana...

No decorrer da semana alguns observadores que acompanham as movimentações políticas na cidade, e ficam de olho nos atos e articulações do poder Executivo, chamaram a nossa atenção para as estratégias que podem estar por trás da questão do repasse de recursos para a concessionária do transporte coletivo urbano para cobrir possíveis prejuízos no período da pandemia da Covid. Como já é sabido por todos, o prefeito já encaminhou projeto de lei para a Câmara destinando recursos para cobrir os déficits da empresa da ordem de 10 milhões de reais. E, conforme as informações, mais valores, que podem chegar à casa dos 16 milhões de reais, serão definidos na LDO do ano que vem. Essas são informações extraoficiais, mas que são palpáveis e fazem algum sentido. Vamos aguardar o retorno das férias da edilidade para acompanhar os debates e os posicionamentos. Conforme as informações dos observadores, a estratégia do chefe do executivo pode estar na derrocada do projeto na Câmara, com os vereadores, na maioria, votando contrário e derrubando a proposta... Isso posto, a concessionária acionaria o Município na Justiça, argumentando os prejuízos, a partir daí, o Executivo proporia um acordo e ficaria tudo bem para todos... Todos não, concessionária e Município, sim. Mas o usuário vai continuar com os mesmos problemas de sempre... Ou seja, carros velhos, com defeitos, sem terminal de embarque e sem guaritas na maioria dos pontos. Aliás, onde tem são ruins, pequenas e mal instaladas. É como se não tivesse. Enfim, em se tratando de concessão do transporte coletivo urbano, a história é longa e clássica desde o governo Francisco Ramalho... Então repetimos: articulação possível ou estratégia bem pensada? Fico com a segunda opção.

Mudando de assunto, mas ainda falando do Poder Executivo e suas ações em várias diretrizes, vamos para o acontecimento do fim de semana, o falado Festival de Inverno, que, ao que parece, não vai fazer o mesmo sucesso do ano passado e a razão é simples: fizeram tudo às pressas, forçando, diríamos, uma barra, para gastar o dindim... Mas festa é festa e o povo gosta, mas tem que ser feita é pra ele, com opções que o favoreça, até porque o dinheiro é público, então é dele; o espaço é público, então é dele; e o mais importante, se é tudo é do povo, tudo tem que ser em seu benefício, o que não está acontecendo, pois impuseram condições e estas, em nossa opinião, não estão de acordo com os critérios que privilegiam o povo. Estão fazendo propaganda, em nossa opinião, enganosa. Dizem que a entrada é livre, mas primeiro anunciaram que os ingressos seriam retirados pelo Sympla, não conseguiram a instalação, por causa do tempo. Agora, estão utilizando roletas para controlar a entrada e, ao atingir um número X, fecham. Ou seja, não é livre e muito menos para todos. O pior das “estranhezas” é que o cidadão não pode levar bebida ou comida, é obrigado a comprar tudo lá dentro da estrutura montada, tipo um curral, com entradas e saídas vigiadas. E o mais interessante ou estranho, ou programado, ou previamente ajustado entre os interessados, é que os vendedores de comidas e bebidas são os mesmos de sempre nos últimos 6 anos e alguns meses. E insistem que está tudo normal, dentro da legalidade e dentro da probidade exigida pelas leis. E de fato está, pois documentos “embasados em leis” estão anexados na licitação, “autorizando” os “montadores de praça de alimentação e vendedores de bebidas a atuarem em espaço público (cercado) e previamente montado com dinheiro também público. Em nossa opinião, tudo errado, um absurdo que se repete. Alô, alô, autoridades competentes...

Vamos para a outra, digamos, piada da semana, protagonizada pela equipe de trânsito do governo municipal, juntando aí a assessoria de imprensa e demais secretarias envolvidas. Mais uma vez, em nossa opinião, está faltando diálogo entre os que decidem e os que executam. Ou seja, está uma bagunça, onde manda quem quer e executa quem não pode. Mas aconteceu que resolveram pintar uma pista para bicicleta na Avenida Milton Penido, no bairro Belvedere, recentemente asfaltada. Até aí, tudo bem, mas alguém, evidentemente despreparado, que não enxerga meio metro à frente das narinas, resolveu que a pista atravessaria a pista de rolamento em determinado ponto (Quem sabe estavam pensando em instalar um semáforo com câmeras, para faturar mais um pouco?). Ou seja, os carros deveriam parar para o ciclista atravessar a avenida. Não é piada. É fato, pitoresco, mas é... Deram uma explicação esfarrapada, não convincente, mas o resumo é: uma piada. E assim vamos parar por aqui as piadas oficiais dos últimos dias. Muito provavelmente na próxima semana tem mais... Rsrsrsrsrs 

Mas, para encerrar sem piada, acho, podemos afirmar que, apesar dos percalços e das “trombadas” dos homens de confiança do prefeito, o governo Neider ainda tem uma média considerada boa, pois a cidade está limpa, as principais vias do centro e dos bairros estão com as pistas asfaltadas e bem sinalizadas, até demais, as contas estão equilibradas e anunciaram a inauguração da ETE. E olha que temos pela frente mais um ano e meio de governo Neider. Então o que pressupomos é que o saldo será positivo para o cidadão e mais ainda para o político e cidadão itaunense Neider Moreira de Faria. Esse último parágrafo não é piada. Certo?

Por: Renilton Pacheco