O hilário “baixo clero”

O hilário  “baixo clero”

Pois é! Sabe aquelas figuras “típicas” que já conhecemos muito bem na cidade? Aquelas que se acham importantes, que se consideram verdadeiros deuses? Aquelas que dão dois ou três empregos, e/ou conseguiram um emprego público comissionado e acham que mandam e desmandam, e/ou aquelas que se elegeram vereadoras e acham que são autoridades com A maiúsculo, mas não passam de, como diriam, “manés”? E tem também aquelas que se consideram arquitetas e esteios de instituições erguidas com o sacrifício do povo e o dinheiro do Município? Pois muito bem, a vida passa, o tal poder acaba e elas ficam, digamos, de saia justa e, talvez, passam a sentir que tudo é “nem tanto o céu, nem tanto a terra”, tudo tem limite e eles, simples mortais como os “descamisados”, também não podem – ser, fazer e acontecer – como bem pensam que podem. Muito empresário, político e gente que se acha autoridade já passou pelo vexame ou pela realidade de ficar junto aos menos expressivos, que, no Congresso Nacional, são apelidados de componentes da bancada do “baixo clero”, ou seja, não mandam, não têm expressão e só são notados esporadicamente. Como em Itaúna, muitos acham que são inatingíveis e estão acima do bem e do mal, o tempo serve para mostrar que não adianta achar que pode tudo, ainda mais quando o negócio é poder político e status empresarial. Poder, status, respeito e reconhecimento público não se adquire com atos ditatoriais e muito menos com achaques, gritos, com atos de sacanagens, com mídia malfeita e muito menos na base da mentira. Se adquire é com ações contundentes, abertas e, principalmente, capazes de sensibilizar o povo, politicagem dura pouco e um dia a casa começa a se desmoronar, cai. É como já frisamos aqui algumas vezes, inclusive, na semana anterior, Itaúna é ímpar, é engraçada e certas coisas chegam a ser hilárias. É evidente que aqui, como em qualquer outro lugar, existem questiúnculas que, às vezes, não são bem explicadas, mas existem, também, posicionamentos que, na maioria das vezes, além de equivocados, não deixam margem a qualquer tipo de interpretação. As pessoas que visitam Itaúna, num primeiro instante, dizem que nossa cidade é fechada, é patriarcal e ainda tem ares de “coronelismo”, que se ressalta em vários setores da sociedade. Discordamos totalmente da afirmativa “cidade fechada”, já que a comunidade itaunense recebe sempre de braços abertos os que aqui aportam, por um motivo ou outro. Muitos vêm para trabalhar, outros para estudar, outros por opção, outros por falta de opção e a maioria vem e fica porque a cidade oferece, como poucas, excelente qualidade de vida. Uma comunidade que recebe bem não pode ser considerada fechada. Porém o fato de receber bem e fazer questão de conviver bem com os que a escolheram tem custado caro: uns poucos acham que, pelo fato de estarem adaptados aos costumes da comunidade, podem palpitar nas questões que dizem respeito somente à sociedade itaunense, já que não ajudaram a construir nada e pouco sabem da luta dos verdadeiros itaunenses, na primeira metade do século, para garantir o bem-estar da comunidade. Luta que teve continuidade garantida com as gerações que vieram e com as que fazem do presente uma trilha para um futuro cada vez melhor. Diante disso, como itaunenses que somos, não podemos admitir que um ou outro cidadão, que foi recebido de braços abertos pela cidade e que tira daqui seu sustento, que em alguns casos é contra a lei – agiotagem, jogos de azar, contrabando e outras atividades proibidas –, enfie o bedelho nas fundações herdadas dos verdadeiros itaunenses, caso de Dona Cota e Manoel Gonçalves e outros beneméritos. Antes de palpitar, de afirmar inverdades e de agir como testa de ferro daqueles que não têm coragem de colocar a cara a tapa, os cidadãos que não podem bater no peito e afirmar que ajudaram a construir algo por sua terra natal deveriam ajudar a construir algo sólido para a terra adotiva com trabalho, abnegação e, principalmente, coragem. Antes de sair dando tiro sem saber o alvo a ser atingido, uns poucos que não entendem o verdadeiro sentido da palavra “obrar” deveriam, pelo menos, procurar entender os objetivos de uma sociedade que, apesar das dissidências normais verificadas, quando o homem torna públicas suas intenções, se fecha para atingir os objetivos maiores, que são o de construir para o futuro sem destruir o passado, preservando, antes tudo, o respeito pelos que visam algo melhor, não só para o “eu”, mas, sim, para um todo. 

Já escrevi algo parecido neste mesmo espaço, mas não estou repetindo, apenas chamando a atenção para um fato. Uma realidade que persiste enquanto a cidade cresce. O interessante nessa observação é que poucos têm a coragem de se expor perante toda a sociedade, mas muitos têm a coragem de blasfemar na companhia de paredes. Muitos gostam de “exercitar é o gogó” e, neste exercício insólito, acabam vomitando asneiras que só servem mesmo para massagear o ego inconsistente. Estamos indignados com as posições de alguns membros da comunidade itaunense, que tentam prejudicar o crescimento da cidade e tentam denegrir a imagens de pessoas que trabalham em prol desse crescimento e, mais importante que isso, trabalham em prol da população. 

Como apreciadores da democracia, defendemos o direito do cidadão de contestar e tomar posições e apreciamos aqueles que mudam de posições ao perceberem que é com base na liberdade de opinião e na união de forças que se consegue atingir os objetivos maiores. Nosso posicionamento editorial e nossa divulgação de notícias não seleciona os fatos e/ou as pessoas, e muito menos políticos e/ou membros da dita “alta soçaite”, que sempre querem que os fatos em que se envolvem não sejam divulgados. Não estamos preocupados se vamos expor aqui os “nouveau riche” e/ou os que se consideram os “coronéis” herdeiros do século passado. É simples: entendemos que alguns poucos não têm credibilidade e, muito menos capacidade de mobilização e/ou propagação do bem ou do mal, mesmo porque, se tivessem, estariam exercendo cargos importantes e atuando como fiscais operantes das coisas públicas. Não estão fazendo nem uma coisa nem outra, já que a única capacidade que têm é a de apreciar o próprio umbigo. Achamos que podemos perguntar: Por que podemos publicar notícias dos cidadãos considerados comuns – pé rapados – e não podemos publicar dos “almofadinhas”, na acepção da palavra? Pois bem, publicamos, damos nomes aos “bois” se preciso, e ainda assinamos em baixo com muita tranquilidade. Quanto à questão do posicionamento, basta observar o slogan da FOLHA: jornal tem que ter opinião. Temos. E daí? Goela ou gogó?? Achamos que têm mesmo é muito “gogó”.