FALTAM DIREITOS - Aluno de curso de mestrado denuncia UIT
Segundo os questionamentos, “falta respeito aos direitos do aluno no curso de Direitos Fundamentais”

O aluno do curso de mestrado de Direitos Fundamentais da Universidade de Itaúna, Silvano Lopes, procurou a reportagem da FOLHA na sexta-feira, dia 29 de agosto, para denunciar a situação de desrespeito a seus direitos por parte de funcionários daquela instituição educacional. Conforme alega, matriculou-se no curso da Universidade de Itaúna em 2015. O curso teria a duração de dois anos, conforme anunciado. Disse também que o professor da disciplina “Proteção Internacional dos direitos Humanos e Controle da Convencionalidade”, Valério Mazuoli, pouco comparecia às aulas. Foi feita reclamação, e, conforme afirmou, “cinco anos e meio depois, descobriram que ele só faltava e o demitiram”.
Afirma que reclamou várias vezes com o coordenador, Márcio Pedrosa, e que este sempre contemporizava, afirmando que “ia ver” o que poderia ser feito. Durante o período da pandemia da covid, Silvano Lopes trancou o curso. Afirmou também que, ao retomar o curso, em uma disciplina em que o professor seria Luiz Manoel, frequentou aulas em que a substituta era a professora Luana Pedrosa. E que, em uma dessas aulas, notou que a professora maltratava os alunos, afirmando que “eles não sabiam nada, criticando os alunos, e eles não falavam nada... Eu era o mais velho, não gostei daquele tratamento”, disse.
A partir de então, disse que havia concluído três disciplinas e só tinha a nota de uma e que procurou a funcionária da Universidade, de nome Cíntia, secretária do curso, para ter acesso às notas que faltavam. Disse que foi maltratado por ela e que acabou discutindo com a citada Cíntia. Procurou, então, a ouvidoria da instituição, mas não encontrou ninguém no setor, recebendo a informação de que a “ouvidoria não está funcionando e que deveria procurar o Flávio, assessor do reitor”. Silvano disse que fez isso e que sentiu, também por parte deste funcionário, “certa má vontade” em dar seguimento à sua reclamação.
Como não pretende mais continuar no curso, pois não está “vendo clima para continuar nessa instituição”, mesmo já tendo investido altas somas de dinheiro, pretende apenas obter um relatório das disciplinas cursadas, para que possa, querendo, buscar outra instituição e outro curso. Silvano Lopes informou ainda que é militar reformado e bacharel em Direito e que, ainda naquela sexta-feira, dia 29, procuraria o Ministério Público Federal para fazer a reclamação junto àquele órgão sobre a sua situação. Também encaminharia a reclamação ao Ministério Público em Itaúna, ao deputado estadual Sargento Rodrigues e ao Ministério da Educação do Governo Federal.