Eugênio Pinto anuncia que será candidato a deputado estadual

Com alteração aprovada no Senado mudando prazos da inelegibilidade, ex-prefeito está livre para se candidatar em 2026

Eugênio Pinto anuncia que será candidato a deputado estadual

Na noite da terça-feira, dia 2 de setembro, o Senado aprovou por 50 votos favoráveis e 24 votos contrários, alteração na Lei da Ficha Limpa, que possibilita ao político itaunense Eugênio Pinto disputar as eleições do próximo ano. E ele já confirmou à reportagem da FOLHA que será candidato a deputado estadual pelo MDB, partido ao qual está filiado, nas eleições de 2026. 

Conforme ele disse à reportagem, já estava aguardando por essa decisão do Senado, e que, durante esse período, trabalhou sua possível candidatura, tendo, inclusive, acordo com um deputado federal, com o qual deverá fazer “dobradinha” em Itaúna. O grupo pelo qual Eugênio disputará as eleições deve apoiar o nome de Rodrigo Pacheco para o Governo de Minas.

A alteração vai à sanção do presidente Lula

A mudança aprovada no Senado altera, basicamente, o início da contagem do prazo pelo qual o político condenado pela Lei da Ficha Limpa ficará inelegível. No caso de Eugênio Pinto, o crime pelo qual ele estaria inelegível ocorreu em 2011, tendo o político sido condenado em 2014. Porém o seu impedimento, conforme informações, iria até 2027, porque passou a ser contado a partir de 2019. 

Dessa forma, a punição contra Eugênio se estende por pelo menos 13 anos, sendo que a lei determina oito anos de inelegibilidade. Com a alteração dos prazos, conforme informações de profissionais do Direito ligados ao MDB e ao político, a inelegibilidade de Eugênio já foi cumprida. O projeto aprovado aguarda sanção do presidente.

Bolsonaro não se beneficia da alteração

Outra informação dos juristas que analisaram o projeto aprovado no Senado é de que a alteração não beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030. Isso porque o ex-presidente foi condenado por “abuso de poder político” e, neste caso específico, o texto mantém válida a regra atual.

Pela proposta, a pessoa condenada por abuso do poder econômico ou político não poderá disputar eleições por oito anos, que serão contados a partir da data da eleição na qual ela cometeu o crime. (Com informações do G1)