Página Virada!
No dia primeiro, viramos a mais da miserável história deste país! Desde 1500, quando o primeiro português aqui pisou, vem se desenrolando, através de nossa história, patifarias inconcebíveis!
Tudo de ruim que a humanidade pôde perpetuar, ocorreu aqui: destruição da Mata Atlântica, genocídio dos indígenas, escravidão dos africanos e transferência milhões de toneladas de ouro para a Europa!
E agora em pleno século XXI; Jair Bolsonaro! E olha que 58 milhões de brasileiros votaram nele! Nossa tragédia é somática!
Seu governo foi uma sucessão de truculências e insanidades, e como esperado, como seu último ato na presidência, foge do país, demonstrando seu desprezo pelas instituições e sua absoluta incapacidade de viver numa sociedade civilizada. Com a desculpa de não passar a faixa a seu sucessor, fugiu para os EE.UU, mas o real motivo, são as garras da Justiça! Mas ele não escapará!
Porém, seu último e desastrado ato propícia o acontecimento mais importante da transmissão do cargo! Verdadeiros representantes do Povo Brasileiro (um garoto negro e favelado, um representante dos povos originários -Raoni, um operário, um deficiente, uma mulher e uma catadora de papel com seu orgulhoso penteado afro), levam de mão em mão a faixa presidencial, símbolo do Poder, e a colocam no Presidente! Foi um momento emocionante!
Espero que este paradguima esteja mudado para sempre!
Obrigado capitão, pelo seu último tiro no pé!
Não pretendo falar mais sobre este indivíduo. Que ele fique enterrado para sempre no lixo da História.
Terminando, dedico ao fujão covarde e a seus fanáticos os Versos Íntimos, do genial Augusto dos Anjos:
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a ingratidão, esta pantera
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te a lama que te espera!
O Homem que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
José Simonini Filho