Com o tema “Viva o General”, a Banda Esplendor e Glória desfila em homenagem ao seu fundador, Tadeu Nolasco

Com o tema “Viva o General”, a Banda Esplendor e Glória desfila em homenagem ao seu fundador, Tadeu Nolasco


Nos dias 18 e 20 de fevereiro deste ano, a Sociedade Lítero Recreativa Banda Esplendor e Glória, após dois anos de ausência em função da pandemia do Coronavirus-19, volta a desfilar no carnaval de Itaúna com um enredo em homenagem ao seu fundador, Tadeu Nolasco, com o tema: “Viva o General”. A concentração será em plena Praça da Matriz, entre a Banca do Toninho e a Fonte Luminosa, onde serão disponibilizados dois grandes toldos, mesas, cadeiras barracas de bebidas e tira-gostos e banheiros químicos para atender os foliões. A música, só marchinhas dos velhos carnavais, será animada pela “Banda Barril de Chope”. Os Abadás podem ser encontrados na Loja Moda Brexó, na Rua Francisco Manoel Franco, 106 (próximo ao Banco Santander), e no Alexandre Vitaminas, na Praça da Matriz. A concentração será a partir das 9 horas e às 17 horas a banda desfila em torno da Praça da Matriz, como sempre, na contramão, cantando belas marchinhas de carnaval.... Olha a cabeleira do Zezé... Será que ele é, será que ele é... Será que ele é Bossa Nova... Será que ele é Maomé... Parece que é transviado... Mas isto eu não sei se ele é... Corta o cabelo dele, corta o cabelo dele...   

   

COMO SURGIU A BANDA ESPLENDOR E GLÓRIA

Foi nas vésperas do carnaval de 1980, numa madrugada de sexta para sábado, no restaurante do Wand’s, na Rua Getúlio Vargas, onde morou o Lincoln Ferreira, que um grupo de amigos, formado pelo Tadeu Nolasco, Boisa, Deila, Gabino e Juarez do Carmelo, teve a ideia de criar um bloco diferente para brincar no carnaval de rua, durante o dia, numa época em que o carnaval de rua, praticamente só a noite, estava bombando com os desfiles dos blocos Cuecões, Terríveis, Unidos da Ponte, Demorô, Pomba Rolla, Araruta, Xavaca e das Escolas de Samba, Pães, Castores e Zulus, que só desfilavam com instrumentos de percussão em suas baterias. Em consenso, definiram que seria uma banda e que só tocaria marchinhas de carnaval, prevalecendo os instrumentos de sopro. Na conversa, a Deila, que era Gerente de RH da Cia. Tecidos Santanense, informou que na fábrica tinha alguns músicos que tocavam instrumentos de sopro e que ela conversaria com eles e que o ponto de encontro seria naquele sábado de carnaval, na casa do Tadeu Nolasco, às 10 horas da manhã. Com a boa prosa, a noite prolongou e os amigos Tadeu, Gabino e Juarez só foram para as suas casas com o dia clareando...

Por volta das 10 horas daquele sábado, o Tadeu, ainda atordoado pela noitada regada a generosas doses de Scotch’s, foi acordado pelo som de uma entusiasmada bandinha, empoleirada na carroceria de uma velha camionete, tocando marchinhas de carnaval, bem debaixo da sua janela. Ainda meio tonto e sonolento, tomou um bom banho e, junto com os músicos, na velha camionete, rumaram para a Praça da Estação, onde, aplaudidos por uma multidão de curiosos, passaram a tocar e cantar marchinhas de carnaval, como: Mamãe eu Quero Mamar... Cabeleira do Zezé... Me dá um Dinheiro Aí... Você pensa que Cachaça é Água... A Jardineira... Se a Canoa não Virar... e outras mais. Nascia aí a “Sociedade Lítero Recreativa Banda Esplendor e Glória”, sempre desfilando pelas ruas da cidade nas tardes de sábado e segunda-feira de carnaval, abordando temas atuais e irreverentes como: Barack ou Brahma, Ô Gênio da Ponte Encantada, Zé da Ramira o último Boêmio, Debutando a Banda Abunda, Gothan City é Aqui e outros mais. 

Nestes 43 anos de desfile, passou por vários locais de concentração, como a Praça da Estação, Bar 318, Bar das Jaboticabas, Bar do Jansen e Praça da Matriz, ao lado do Edifício Benfica. Em 2023, a concentração será no Centro da Praça da Matriz, entre a Banca do Toninho e a Fonte Luminosa. Os 400 componentes desfilarão, como sempre, na contramão, embalados pela Banda Barril de Chope, e, como sempre, cantando belas marchinhas dos velhos carnavais... Ô Jardineira porque está tão triste... O que que foi que te aconteceu... Foi a Camélia que caiu do jarro... Deu dois suspiros e depois morreu... Vem jardineira, vem meu amor.........

 Dias 18 e 20 de fevereiro, em plena Praça da Matriz. IMPERDÍVEL..........

Sérgio Tarefa