Uma praça e muitos problemas no Pio XII com Jove Soares

Sugestão de moradores é de que local tenha horário de utilização pré-determinado e policiamento

Uma praça e muitos problemas no Pio XII com Jove Soares
Foto: Divulgação/FOLHA/PMI


No Bairro Nogueira Machado, foi construída a Praça CELI, no local também chamado de “alto da Jove Soares”. Antes aquele trecho era pouco valorizado. Com a abertura da avenida, que se estende até a Avenida Gabriel da Silva Pereira, passando pelo acesso ao Boulevard Lago Sul – onde está instalada a Prefeitura e, futuramente, o novo prédio do Fórum de Itaúna – se transformou em área nobre da cidade e, seguramente, das mais valorizadas em termos imobiliário. Porém, a Praça CELI, idealizada para ser um espaço de lazer, esportes e até manifestações populares, tem se tornado também um problema para a comunidade do entorno. É que a Praça tem sido transformada em ponto de encontro de “tribos” que não se importam muito com o bem-estar da vizinhança e abusa na utilização do local.

Som alto, algazarras até altas horas da noite e madrugada adentro são problemas constantes para a vizinhança, como aliás a FOLHA já destacou na coluna “A Voz do Povo”, em diversas oportunidades. Porém, no último final de semana, com o feriado prolongado do Dia dos Trabalhadores, conforme vizinhos, os abusos foram ainda mais notados. Três situações destacadas pela vizinhança mostram o que vem ocorrendo no local. Isso além das já “comuns” reuniões de grupos para uso de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas, brigas, arruaças, ponto de prostituição e todo tipo de manifestações indevidas de determinados grupos.

Conforme os vizinhos, na sexta-feira, 28, um grupo de pessoas chegou ao local, já no final da noite, com instrumentos musicais, caixas de som e apetrechos e começou a promover cantoria e bebedeira, que se estendeu até por volta das quatro horas da madrugada. A balbúrdia só teve fim, conforme denúncias, porque vizinhos acabaram questionando os arruaceiros, ameaçando chamar a polícia para colocar um final na baderna. No sábado e domingo, à noite e nas madrugadas, outros grupos foram para o local, porém sem equipamentos que pudessem incomodar tanto à vizinhança, conforme reclamações.

Manifestação durante todo o dia, pichação e pedido de “organização do uso”

Na segunda-feira, dia 1º de maio, dedicado aos trabalhadores, por volta das 10 horas chegou ao local um grupo, acompanhado da vereadora Edênia Alcântara e, em seguida, pela deputada Lohanna França. Instalaram equipamentos de som, uma barraca e cavaletes, impedindo o trânsito no local. Isso, conforme os vizinhos, sem que eles fossem comunicados da necessidade de impedimento do trânsito, como é feito quando se trata de promoções da Prefeitura, alegam.

A manifestação se estendeu durante o dia, conforme informações, com uso de caixas de som, megafones e discursos. Porém, além da manhã e tarde, a movimentação no local se estendeu até à noite, com muita música e sonorização em alto volume. Conforme vizinhos, só no final da noite é que “tiveram sossego”. Mas já na manhã da terça-feira, dia 2, a Praça CELI voltou a se movimentar, desta feita pelos funcionários da Prefeitura, visto que durante a noite o local foi pichado e foi necessário fazer a limpeza também da sujeira deixada na praça e no entorno.

A Prefeitura publicou uma “nota de repúdio” ante a pichação do local e os moradores das imediações acrescentam a necessidade de que o uso da praça seja “organizado” de maneira a que sirva aos grupos que desejem ali realizar suas atividades, de forma que a vizinhança não seja prejudicada. Solicitam que seja, por exemplo, estabelecido um horário para uso do local para manifestações com utilização de sonorização. E que também o policiamento seja intensificado para coibir os muitos abusos.