Cidadãos questionam obra no Rio São João

Prefeitura divulga etapas do projeto e destaca a “importância do trabalho”

Cidadãos questionam obra no Rio São João
Foto: Reprodução/Redes sociais


A obra de desassoreamento do leito do Rio São João no seu trecho urbano vem sendo realizada há algum tempo e, durante todo esse período, gera satisfação e, também, muita insatisfação por parte da comunidade. Se por um lado moradores das margens do rio elogiam a obra e o fato de os riscos com as enchentes terem diminuído, por outro, uma grande quantidade de pessoas comenta que a limpeza precisava mesmo, mas poderia ter sido feita sem, contudo, “exterminar” com as árvores nas margens dos cursos d´água. O termo “exterminar” é mais recente e surgiu em manifestações postadas nas redes sociais nos últimos dias. A atual polêmica começou com a postagem do escritor Toni Ramos Gonçalves, que publicou a manifestação com os dizeres: “Cortaram as árvores e destruíram os jardins nas margens do Rio São João para deixar crescer o capim?”

Sua postagem recebeu vários comentários, dentre eles a afirmativa de que “eu fico arrasada de ver como essa cidade odeia árvores. Não tem árvores nas ruas do centro (só na Praça da Matriz), não tem árvores nas ruas de váááários bairros. A gente sai a pé e não tem árvore, não tem sombra, e só cimento e construções. E, quando tem, eles derrubam. Que derrota!”, resumindo as muitas falas e críticas que se seguiram nas várias redes sociais dos itaunenses. Um outro resumiu a indignação, postando uma fotografia com trecho do Rio São João, que mais parece um “cartão postal”, seguida de uma imagem de máquinas trabalhando e, finalmente, com a fotografia do Toni Ramos, mostrando as margens atuais, cheias de mato e com as frases: “era assim”, “fizeram isso” e “ficou assim...”, abaixo de cada imagem, para demostrar o seu protesto, criativo.

Prefeitura posta release sobre a obra, mas ninguém se manifesta

Já no site da Prefeitura, uma postagem em formato de release informa a realização da obra e suas etapas: “Fase I: Desobstrução da parte vegetal sobre o leito e retirada das árvores em excesso na margem do rio” – isso mesmo, “árvores em excesso” –; “Fase II: Limpeza, transporte e reaproveitamento das árvores”; “Fase III: Replantio e Hidrossemeadura”, em que relata custo de R$ 210 mil; e “Fase IV: Manutenção”. Em cada fase, a explicação técnica das etapas, com a utilização de termos como “indivíduos arbóreos e arbustivos”, “plântulas”, “cobertura vegetal” e outros. E várias imagens de máquinas trabalhando.

Ao final do release, o cidadão é convidado a se manifestar sobre a notícia, e pode optar por “gostei”, clicando no ícone do “coração”, ou “não gostei”, clicando no ícone da “carinha nervosa”. Pelo menos no site, a matéria foi postada em 18 de abril, ainda não havia sido avaliada, na data de 26 de abril, oito dias depois...