Aumento de 7% gera críticas

Aumento de 7% gera críticas
Foto: Marcello casal Jr./Agência Brasil


Com a medida aprovada pelo presidente Lula, em 2023, o salário mínimo dos brasileiros deve ter um reajuste para 2024 de 7% em média. Isso porque a nova política para o setor estabelece que deve ser repassado o índice da inflação mais a somatória do crescimento do PIB – Produto Interno Bruto, dos últimos dois anos. Com isso, o salário terá um aumento previsto de R$ 92, passando de R$ 1.320 para R$ 1.412.

Porém, conforme analistas, este salário não é o verdadeiro mínimo para o trabalhador brasileiro, que necessitaria de receber R$ 6.527,93, conforme levantamento feito pelo Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Um dos especialistas que se manifestou sobre o tema, em entrevista à agência de notícias Brasil 61, foi o presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo, Carlos Eduardo Oliveira. 

Conforme a sua fala, o aumento ideal elevaria o salário mínimo a um valor pelo menos três vezes ao que está previsto. “Ou seja, próximo de R$ 4.5 mil, o valor ideal do salário mínimo para você pagar as suas contas, ter um pouco de lazer, um pouco de cultura, ter saúde, ter poder ter educação com o mínimo de qualidade”, explicou.

Como se vê, as opiniões são divergentes entre o estudo do Dieese e a opinião do presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo em pelo menos R$ 2 mil. Porém, para os trabalhadores que sobrevivem com o salário mínimo, existe um ganho, já que durante o governo de Bolsonaro foi repassado somente o equivalente à inflação e no segundo ano de Lula já pode haver recuperação acima de 2%, depois do reajuste de 2023, em duas etapas, que repôs 8,91% ao salário, com ganho real de mais de 3%, descontando o índice da inflação.