Itaúna tem primeiro mês com saldo positivo em 2025
Com a geração de um novo emprego com carteira assinada de saldo, município interrompe série de seis meses com saldo negativo
O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED do Brasil referentes ao mês de setembro e trouxe uma boa notícia para os itaunenses: foi interrompida a série negativa que já durava seis meses em 2025. Os últimos dados positivos para o município foram apresentados em fevereiro, quando o saldo 667 novos empregos gerados foi divulgado. De lá para cá, os números foram decepcionantes, com o pior índice informado em julho, quando foram divulgadas 754 demissões.
O número final do mês de setembro, com saldo positivo de um novo emprego gerado, pode não ser expressivo em quantidade, mas traz algumas representações para a economia local. A primeira delas é a quebra de uma série negativa. Depois, a questão de que a indústria e o setor de serviços apresentaram reação de destaque, gerando quase que todas as vagas positivas do mês. E, ainda, o fato de o setor da indústria ser o que apresentou melhor performance, o que pode representar melhora na questão salarial, visto que este setor é o que paga os melhores salários.
Retomada para “recuperar” os índices
Conforme especialistas, os meses de outubro, novembro e dezembro, até pela proximidade das festas de fim de ano, quando a população investe um pouco mais, podem significar muito para a economia local caso seja mantido o viés de retomada do crescimento. A expectativa é de que até mesmo o setor da construção civil, que tem mostrado queda neste ano, possa se recuperar em Itaúna nos meses restantes de 2025 e, assim, fazer com que o município recupere espaços perdidos nos meses anteriores.
Os dados da geração de empregos em Itaúna, mês a mês, conforme o CAGED, são os seguintes: janeiro, 108 demissões; fevereiro, 667 admissões; março, 381 demissões; abril, 97 demissões; maio, 174 demissões; junho, 180 demissões; julho, 754 demissões; agosto, 45 demissões; e setembro, 1 contratação. Assim, em 2025 foram registradas 1.739 demissões. Com as 668 admissões realizadas nos meses de fevereiro e setembro, o saldo negativo do ano é de 1.071 demissões.
Assim, os meses de outubro, novembro e dezembro precisam apresentar média acima de 357 contratações por mês para recuperar o estoque de empregos que o município tinha em 31 de dezembro de 2024. Atualmente o total de pessoas trabalhando com carteira assinada em Itaúna é de 31.155. Para recuperar o número de 2024 precisamos fechar o “estoque” de vagas preenchidas em 32.226, no mês de dezembro, para que em 2026 possa existir um crescimento neste índice.
Geração de vagas por setor
Nos índices apresentados em setembro, o setor que mais gerou novas vagas em Itaúna foi o da indústria, com 38 contratações. Em seguida ficou o setor de serviços, que contratou 36 pessoas. Fechando os setores com saldo positivo veio o do agro, que contratou 4 trabalhadores. Por outro lado, o setor da construção civil demitiu 59 trabalhadores e o setor do comércio anotou mais 18 demissões.
Com esses números, o estoque de empregos em Itaúna tem o maior número de vagas preenchidas no setor de serviços, com 11.330 pessoas trabalhando com carteira assinada. Em seguida vem o setor da indústria, que emprega 11.035 pessoas. O setor do comércio mantém a sua terceira posição, com 5.563 empregados. A construção civil, que já ultrapassou os 5 mil trabalhadores em Itaúna, hoje mantém 2.744 pessoas trabalhando com carteira assinada. Já o agro se mantém na sua média, com 482 trabalhadores.
Nenhum estado brasileiro teve saldo negativo
De forma geral o Brasil teve saldo positivo de novos 213.002 empregos gerados, com carteira assinada. Minas Gerais contratou 11.785 trabalhadores, ficando na terceira colocação dentre os quatro estados da região Sudeste. São Paulo ocupa a primeira posição geral, com 49.052 novos empregos e o Rio de Janeiro, a segunda, com 16.009 novos empregos gerados.
Na região Centro-Oeste de Minas, Itaúna ficou na quarta posição dentre as quatro maiores cidades. Divinópolis gerou 293 novos empregos com carteira assinada. Nova Serrana veio em seguida, com 61 novos empregos. Pará de Minas registrou 58 novos empregos e Itaúna ficou em quarto, com um novo emprego gerado.







