Vereadores passam a mão na cabeça de Gui Rocha e votam contra comissão processante

Em Itaúna, o vereador Guilherme Rocha, do partido Novo, está no centro de uma polêmica que resultou em seu segundo pedido de cassação em menos de um mês. A professora aposentada Tânia Lucinda, de 69 anos, formalizou o pedido após ter sua imagem fotografada e divulgada com um emoji de coração sobre as partes íntimas durante uma reunião da Câmara Municipal, no último dia 9 de setembro. A idosa passou mal e precisou ser levada ao hospital.
O requerimento de cassação, que inclui cinco testemunhas e provas documentais, foi lido em reunião da Câmara nesta terça-feira (23/9), e após a leitura, o presidente colocou em plenário a votação nominal para aceitação ou não do processo, que foi rejeitado pela maioria dos vereadores, tendo apenas 5 votos favoráveis e duas abstenções, tendo 9 contrários. Votaram contra os vereadores Kaio Guimarães, Beto do Bandinho, Giordane, Léo da Rádio, Rosse Andrade, Gustavo Barbosa, Wenderson, Tidinho e o próprio Gui Rocha. Votaram favoráveis Carol Faria, Lacimar, o três, Márcia Cristina, Israel Lúcio e Dalminho. Abstiveram os vereadores Alexandre Campos e Antônio da Lua. O presidente Antônio de Miranda não vota.
O incidente ocorreu quando o vereador compartilhou a foto em um grupo de WhatsApp com mais de 190 pessoas. Embora tenha apagado a imagem e saído do grupo minutos depois da repercussão negativa, o vereador publicou um vídeo em suas redes sociais pedindo desculpas, alegando que uma "discussão" com a professora e sua assessora foi o que "deu a entender" que ele poderia tirar a foto. O Partido Novo de Itaúna não se manifestou publicamente sobre o caso.
Reações à polêmica
A Câmara Municipal de Itaúna divulgou uma nota manifestando seu respeito à cidadã e reforçando que a conduta do vereador é de sua total responsabilidade. O poder Legislativo prometeu investigar o ocorrido e tomar as medidas cabíveis.
A Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres também emitiu uma nota de repúdio, classificando o comportamento do vereador como incompatível com a ética, o respeito e a responsabilidade que devem guiar a conduta de qualquer representante do povo.