ONDA DE VIOLÊNCIA I - Ônibus é incendiado no Morada Nova

Nos últimos dias, a cidade experimentou uma onda de violência, com registro de três assassinatos e um possível ato de retaliação por parte de bandidos, devido ao aumento das ações das polícias Militar e Civil de combate ao crime, conforme apontam fontes consultadas pela reportagem. Na manhã da quinta-feira, 16 de março, o ponto alto dessa onda de violência foi um incêndio de um ônibus da Viasul que culminou com as chamas atingindo residências vizinhas e um comércio. Além dos danos materiais, que foram muitos, um cachorro que estava em uma das casas atingidas pelas chamas acabou morrendo devido ao alto volume de fumaça tóxica e ao calor provocado pelas chamas.

Um cenário de destruição pôde ser observado pelas famílias que tiveram os imóveis atingidos e por amigos e vizinhos. Muita destruição, com as chamas consumindo vários objetos no interior de uma casa, conforme as imagens a que a reportagem teve acesso. O ônibus ficou completamente destruído pelas chamas. Um grande número de pessoas acompanhou os trabalhos da polícia e dos Bombeiros, na Rua Pedro Lourenço, na segunda etapa do Bairro Morada Nova, onde é o ponto final da linha que atende ao bairro.

Falta de informações dificultam apurações

Repórteres que estiveram no local do incêndio, acompanhando os trabalhos da polícia, obtiveram a informação de que homens chegaram para o motorista e mandaram que ele descesse. Em seguida, atearam fogo no veículo e fugiram. Porém a polícia está enfrentando dificuldades na apuração deste e de outros casos, conforme apurou a reportagem, visto que a população não repassa informações sobre ocorrências no entorno do caso. Neste fato, do incêndio, em um bairro onde as pessoas acordam cedo para trabalhar, em que a movimentação nas ruas é sempre notada, não havia informações de pessoas que tenham visto, ou que tenham coragem de informar, os bandidos que são acusados de colocar fogo no ônibus.

“É praticamente impossível que ninguém tenha visto”, comentou um especialista em segurança pública. Porém ninguém até então tinha apresentado informações que possam levar aos autores do fato. A Polícia Civil abriu inquérito policial para apurar o caso e já está fazendo todos os levantamentos possíveis, a partir da perícia realizada no local. Se a população repassar informações, esse trabalho pode ser acelerado.

Uma linha que está sendo investigada é a possibilidade de retaliação à ação das polícias, como apurado pela FOLHA. Com o trabalho dos órgãos de segurança sendo empregados na apuração e repressão deste caso, outros crimes podem ter atraso em suas apurações e, assim, os bandidos se beneficiarem com isso. Quanto mais rápido o fato seja apurado, mais recursos podem ser disponibilizados para o combate a outros crimes.