Neider define candidatos: Maurício Nazaré e Fernando Meira

O ano de 2023 vai chegando ao seu final e as articulações para a disputa das próximas eleições municipais, marcadas para 2024, vão se aquecendo. Depois de tentar buscar uma candidatura nos quadros da atual administração, o prefeito Neider Moreira parece mesmo decidido a bancar a chapa com o empresário Maurício Nazaré, tendo o atual secretário de Saúde, o médico Fernando Meira, como vice. Conforme os comentários nos corredores do prédio do Boulevard, o que pode mudar é o nome do vice, já que os secretários Diógenes Vilela e Rosse Andrade também podem ser convocados para compor a chapa como vices, caso Meira não confirme a participação.

Outro nome que já estaria definido é o ex-deputado Gustavo Mitre na disputa para o cargo de prefeito. E os possíveis vices do ex-deputado são muitos, mas, conforme apurações, Mitre estaria buscando um empresário, para contrapor a chapa apresentada pelo atual prefeito. Informações são de que o empresário Élcio Gonçalves, conhecido como Chinês, foi convidado para compor a chapa. Não se sabe se ele aceitou participar da disputa.

Um terceiro nome que está se movimentando é o do vereador Kaio Guimarães, representante da extrema direita e que está “atropelando” alguns adversários. Consta que ele assumiu o comando do Novo, partido que teria, até então, o comerciante Antônio Misirico como candidato. Kaio teria “tomado” o partido do comerciante, que, agora, parece ser uma “carta fora do baralho do jogo político”, a não ser que consiga um outro partido e forme um grupo para manter a sua disposição em se candidatar. Outra pessoa que estaria sendo cooptada pelo vereador é a atual vice-prefeita, Gláucia Santiago. Segundo apurou a reportagem, Kaio, Gláucia e o deputado federal Domingos Sávio foram vistos no restaurante Varanda Verde, de propriedade do Misirico, em recente encontro.

Eugênio é nome a ser considerado

Nas próximas semanas, o ex-prefeito por dois mandatos Eugênio Pinto pode ter resposta sobre a possibilidade, ou não, de se candidatar. Em caso positivo, ele se apresentará como um fortíssimo candidato. Caso não possa ser candidato, ainda terá muita força para influenciar os votos itaunenses, assim como a atual vice, Gláucia Santiago, já que ambos têm uma “reserva eleitoral” de respeito.

O grupo considerado da extrema esquerda, composto pelo bancário Jerry Adriani e pelo ex-vereador Mirinho, também se movimenta e pode ter uma chapa na disputa. Jerry teve boa performance em eleições passadas e é um nome que tem crescido nos últimos anos. Dependendo da composição e dos apoios, pode levar uma boa fatia dos votos em 2024.

Antônio da Lua, que consegue sempre boas votações para a Câmara e que na eleição passada teria sido preterido para a disputa majoritária nas composições de chapas, hoje representa um grupo político com força de alguns deputados e pode ser candidato com bastante representatividade em 2024.

Vices que podem surgir

Na mexida política com vistas às eleições, algumas movimentações são emblemáticas. Nilzon Borges e Delmo Barbosa estariam no grupo de apoio a Gustavo Mitre, com o primeiro sendo cotado para coordenar a campanha e com a promessa de, se eleito vereador, obter apoio para a Presidência da Câmara. Delmo conta com a força pessoal e a do filho, Gustavo, que é vereador autodenominado independente, mas que tem ligações e deve favores ao ex-deputado Mitre.

No grupo que conta com a simpatia de Eugênio Pinto, nomes para vice é que não faltam: Edno Oliveira, Renilton Pacheco, Fernando Franco, Alexandre Campos, João José, Virgílio Rocha... Já no grupo de apoio a Mitre, Toinzinho, Nilzon, Marcinho Hakuna – que também pode se unir ao grupo neidista, dependendo dos acordos. 

Faltam mulheres

Por enquanto, a única mulher que se propõe a disputar o cargo de prefeita em Itaúna é Gláucia Santiago, mas, como previam algumas pessoas quando ela se uniu a Neider, está sendo deixada de lado e pode não alavancar sequer uma vaga de vice. No caso da disputa de vice, a ex-vereadora Otacília Barbosa também aparece e, mais distante, Márcia e Edênia. Mas são nomes que não estão definidos em um grupo, a não ser a Márcia Cristina, que é ligada a Gustavo Mitre.

E ainda tem as surpresas que podem surgir, pelo menos na vontade da maioria dos eleitores que falaram à reportagem sobre o tema. Grande parte deles afirma que assiste aos acordos dos grupos políticos e espera que surja alguém “de fora dessa turma”, como afirmou um deles. Seria mais ou menos o que ocorreu com Eugênio Pinto quando ele venceu a primeira disputa à prefeitura de Itaúna, na ocasião, todos os grupos políticos apoiavam o mesmo candidato, que foi derrotado. Será?