As facetas de uma noite especial e a cidade em que vivo
O mês de dezembro é marcado por solenidades que nos levam à reflexão, entre festividades e confraternizações entre amigos e familiares. Mas o que é o Natal em Cristo? É estar em paz com você e com os seus, numa reflexão que nos leva ao nascimento do menino Jesus, o Menino Deus! Eu resumiria que o Natal é um momento para buscar paz interior por meio da reflexão. Apenas isso, mas se transformou em comemoração, o que é natural, pois comemora-se o nascimento do menino Jesus, mas, através dos tempos, essa comemoração passou a ser de comportamento controverso, quando a maioria esquece dos ensinamentos de Cristo e apenas concentra-se nas festividades, ditas natalinas, onde banquetes regados a vinho são servidos, esquecendo-se do principal, a fé em Cristo, o Salvador. Do Menino Jesus na manjedoura, num curral cedido... Nos tempos modernos, “pintam” a comemoração do nascimento como um fato de luzes e até glamour, quando os reis magos oferecem presentes reluzentes... Apenas crença, ilusão, pois os registros mostram uma situação de pobreza e de sacrifício de Maria e José, mas de felicidade, pois era o anúncio do nascimento do Menino Deus!!! O mundo está precisando refletir, o ser humano precisa parar, olhar para dentro e se enxergar, para entender que ele é parte de um todo. Apenas uma reflexão.
O nosso torrão de cada dia
Feita a singela reflexão, vamos aos temas que dominaram o ano que se aproxima do fim no nosso torrão. Nas nossas barrancas do São João Acima, quando o assunto é a cidade e suas virtudes e defeitos, acredito que tivemos um saldo positivo, apesar de balanceado. Tivemos o primeiro ano de um novo governo em que a vontade de acertar foi a principal pauta e o olhar de se fazer o possível foi uma realidade, que pode ser pontuada em organização dos principais pontos de atuação de um poder público, que precisa oferecer serviços de qualidade à população. Penso que, se não está tudo OK, houve uma busca para melhorar e entender o funcionamento da máquina para que ela pudesse realizar para o morador, para o pagador de impostos, o suficiente, se ainda não é o melhor.
Não estou falando de política e muito menos analisando um governo de primeiro ano como ruim, bom ou excelente, estou fazendo apenas uma reflexão de que se buscou acertar e organizar, e olhando para a frente. E isso é o suficiente para que possamos avaliar como boa até aqui a administração municipal, pois ofereceu o básico, propondo melhorá-lo. Isso é justificável, pois se assumiu uma máquina da qual não conhecia o funcionamento, e a preparou ao seu estilo e entendimento de governança, para poder oferecer serviços de qualidade nas áreas fundamentais como saúde, educação, transporte, lazer e cultura. Acho que falta muito para que se possa afirmar que a administração municipal chegou à excelência na prestação dos serviços públicos e acho quase impossível isso, mas já é um alento que se perceba uma vontade de fazer.
Críticas? Essas são naturais, por causa de vários aspectos. Desde os políticos até os de insatisfação pura e simples, pois há pessoas que nunca estão satisfeitas com nada e aí vão mesmo somente criticar. No meio político, há posicionamentos que não permitem ao vereador, por exemplo, abrir o peito e admitir que o governo do qual não faz parte faz uma administração de equilíbrio. Vai, então, para a tribuna ou para as redes sociais para dizer que isso ou aquilo não funciona, que não é assim que se faz e que, se fosse ele, seria assim ou “assado”. Isso é política, e não preocupação com melhoria de vida do cidadão.
Impressiona hoje a falta de compromisso da maioria dos políticos para com a causa pública. Ele sabe que seu discurso é falso, que não condiz com a realidade, mas tenta impor uma visão míope ao cidadão, para que este não consiga balizar as coisas. É jogo, mais nada mais que isso... E isso precisa ter fim em prol de um todo, para que possamos avançar em qualidade de vida. Não é fazendo discursos acalorados e pessoais com ataques que não levam a nada que vamos melhorar os serviços de saúde, por exemplo. É preciso sinceridade política e, principalmente, sensibilidade para com a causa pública, para que se possa ter uma cidade 100%. E, para se chegar nesse patamar, é preciso, além de trabalho, inteligência política e, principalmente, amor ao torrão, sem misturar interesse pessoal, digo, eleitoral, o que é mais comum. A leitura que faço é a de que a maioria dos nossos políticos não enxergam o cidadão, mas apenas o eleitor, pois não tem uma ação de postura generalizada, e sim de grupelhos. É sempre o bairro X ou a região Y que está precisando disso ou daquilo, mas não é capaz de analisar ou enxergar o município num todo, propondo obras que beneficiem toda a população. Preocupa apenas com o seu quintal, digo, curral, pois é mais seguro, diríamos, mais confiável. Lamentável.
Quando o tema é saúde e envolve nosso único hospital, a coisa complica e vira um jogo de empurra, pois ninguém quer assumir a responsabilidade, mas todos se acham no direito de palpitar, inclusive, os que sempre apenas sugaram a instituição. O povo é o único que não tem voz e vez, e é o que sofre as consequências de não ter uma instituição de saúde com solidez para atendê-lo ou os seus quando precisa. E nosso hospital, apesar dos pesares, é ótimo, tem pessoas de pulso à frente e todos que lá vão são tratados com dignidade, mas poderia oferecer mais, muito mais, não fosse a picuinha barata dos políticos e a gana por dinheiro dos nossos principais empresários, que amontoam dinheiro, mas não olham para baixo... Ou para cima, para agradecer e repartir o pão, pois, afinal, é época de refletir e de comemoração, mas em Cristo, e não apenas com luzes e festas regadas a fogos de artifício... Apenas uma reflexão.







