AUTISMO - Mãe cobra especialistas nas escolas públicas
Um desabafo em redes sociais alerta para problema que pode ser mais amplo
Um problema específico de uma mãe foi tornado público nos últimos dias e pode ser muito mais amplo do que se apresenta. A falta de profissionais especializados para lidar com determinadas necessidades de alunos nas escolas públicas. A mãe de uma criança com autismo, a Juliana Gonçalves, postou reclamação nas redes sociais sobre a falta de um especialista na escola para lidar com a necessidade de sua filha, que sofre de autismo “nível 2”, como ela explicou em vídeo. Além de expor a situação e cobrar das autoridades municipais o cumprimento da legislação educacional brasileira, Juliana Gonçalves, também tem buscado seus direitos junto a órgãos como o Ministério Público, o Conselho Tutelar, e até mesmo junto à Câmara Municipal.
Porém o problema não é só dela. Existem crianças com outras necessidades, auditivas, de visão, físicas e emocionais, que necessitam de atendimento especializado. Nas escolas, os profissionais da educação, muitas vezes, não recebem o aprendizado necessário a lidar com essas situação, apesar de estar constado na legislação que “todos têm direito ao ensino”. Porém, a realidade é que existem barreiras que acabam por isolar essas pessoas que já sofrem com suas limitações e ainda se veem mais limitadas pela ausência de condições ideais para recebê-las.
Esta é a questão que Juliana Gonçalves tem colocado ao abordar problemas que sua filha vivencia, inclusive como o recente episódio em que jogaram uma bomba no quintal da sua casa, causando danos à sua filha e sua família. Não materiais, mas emocionais e até físicos. Conforme Juliana disse em vídeo postado no Instagram, nesta semana, ela foi até o Ministério Público, de onde foi direcionada a questionar a necessidade de especialista na escola junto ao Conselho Tutelar. Uma causa a ser abraçada pela comunidade, convida ela na sua manifestação. E causa que necessita de uma resposta positiva das autoridades. A igualdade não deve estar apenas nos livros, nas leis aprovadas, mas na prática, ensina ela, em sua luta diária para dar à filha com autismo, as mesmas condições que outras crianças têm.