Violência - Itaúna tem alta no índice de homicídios no ano
Em 2024, foram 13 assassinatos. Até outubro de 2025, aconteceram 11 casos. Em dezembro, já são mais quatro se somadas a morte do dono do clube de tiros e da mulher supostamente morta na rodovia
Na última semana, a comunidade itaunense ficou abalada com o índice de violência registrado. Foram dois assassinatos e a morte de um motoboy em acidente de trânsito na MG-431, próximo da Barragem. Para completar, surgiu o caso do homicídio “disfarçado” de acidente, envolvendo uma mulher de Divinópolis, que pode ter ocorrido em Itaúna. Esses números, somados ao balanço divulgado pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais - SEJUSP, mostram crescimento nos casos em 2025 em relação ao ano passado, sendo que o ano ainda não chegou ao final.
Conforme os dados da SEJUSP computados até outubro, Itaúna apresentava 11 casos de homicídios, dois a menos do que foi registrado no ano passado (2024), que teve 13 crimes de assassinato registrados. A morte de uma mulher na Chácara do Quitão e o assassinato de um rapaz no Bairro Parque Jardim Santanense, na semana passada, elevam o número de casos para 13, mesmo quantitativo de 2024. E aí tem os casos do dono do clube de tiros – que ainda não tem a confirmação de que ocorreu assassinato – e o último, da mulher que morreu em acidente, porém a polícia apurou que ocorreu feminicídio no caso. Apesar da mulher e o suposto assassino serem de Divinópolis, o crime pode ter ocorrido em solo itaunense. Somados, chega-se a 15 mortes de forma violenta até o momento.
A FOLHA levantou ainda o número de homicídios consumados nos últimos cinco anos em Itaúna. Em 2021, foram 13 casos; 2022, 21 mortes, sendo este o ano mais violento do período; em 2023, foram 14 registros; e 2024, 13. Portanto, se confirmados os casos citados acima e 2025 fechar com 15 homicídios, teremos assim o segundo ano mais violento dentre os últimos cinco analisados.
Outros casos de violência no município
A SEJUSP também divulgou os dados relativos a outras situações de violência, com casos de estupro consumados e tentados, estupro de vulneráveis consumados e tentados, extorsão consumado, extorsão por meio de sequestro, extorsão tentado, homicídios tentados, roubos consumados e tentados e sequestro mediante cárcere privado.
Nos casos dos homicídios tentados, no mesmo período, foram 7. A reportagem também levantou os números dos últimos cinco anos, apontando que 2021 teve o maior número de tentativas, com 15. Em 2022, foram 11; 6 em 2023; e 6 em 2024. Portanto, em 2025, com relação a 2024, teve aumento de um caso.
Em relação aos estupros consumados, em 2021, Itaúna registrou 6 casos. Em 2022 e 2023, três casos por ano. Em 2024, foram registrados 9 casos, o maior índice até então. E, em 2025, até outubro, temos 5 registros. O número de casos de estupro de vulneráveis é o seguinte: em 2021, 10 casos; 2022, 13 registros; 2023, o maior índice, com 17 casos; em 2024 foram 11; e em 2025, até outubro, 5 casos registrados. Não foram registrados casos de estupro tentado, contra vulneráveis e nem no geral nesse período.
Em 2024, foram registrados 88 casos de extorsão consumados em Itaúna; e em 2025, até outubro, 2 registros. Em 2023 e 2022, foram 3 casos ao ano; e em 2021, 2 casos. Os casos de extorsão mediante sequestro foram registrados um caso em 2021 e outro em 2025, até o momento. Nos demais anos, não teve registro desse tipo de crime.
Redução sensível nos casos de roubo consumado
A SEJUSP mostra ainda o levantamento dos casos de roubos consumados, tentados e sequestro com cárcere privado. No primeiro caso, dos roubos consumados, a queda é bastante sensível, de quase 50% em relação ao ano passado. Os números dos últimos cinco anos são os seguintes: 2021, 100 registros; em 2022, teve aumento e foram 126 casos; em 2023, este número caiu a 69 registros; em 2024, foram 77 casos; e em 2025, até o momento, 40 casos.
Os roubos tentados registrados foram 4 em 2021; 8 em 2022; 4 em 2023 e em 2024; e 8 em 2025, até o momento. Já os casos de sequestro com cárcere privado, foram registados 2 em 2021, um caso em 2022, um em 2024 e um em 2025. Em 2023, não teve registro.







