Presente das Arábias!
Minha gente, prestem bem a atenção. Vejam a miséria moral a que o Brasil foi submetido no governo do capitão Jair Messias Bolsonaro. Um almirante, o Bento Albuquerque, com a mais alta patente da Marinha Brasileira e na ocasião Ministro de Minas e Energia, se dispôs ao papel de “mula” do capitão-presidente para transportar de forma ilegal ao país muambas (no caso joias) da Arábia Saudita.
Vamos repetir: não é pesadelo, um almirante das gloriosas Forças Armadas Brasileiras, Ministro de Estado, se dispôs ao papel de “mula” do capitão-presidente para transportar muambas de forma ilegal ao Brasil da Arábia Saudita!!! Existe algo mais degradante do que isso para as nossas Forças Armadas?
Tivemos o caso do sargento da Aeronáutica transportando 39 kg de cocaína no avião presidencial, e que foi preso na Espanha. Mas era um reles sargento. Mas um almirante?!
Como um cidadão deste caráter consegue atingir a mais alta patente da Marinha? Estou aguardando as manifestações dos nossos comandantes militares sobre este lamentável acontecimento.
Comandantes militares, sempre tão ciosos na manutenção da ordem e dos bons costumes... Exatamente o que sempre alegaram para dar ou tentar dar golpes de Estado. Sobre este caso gostaria muito de ouvir a opinião do almirante Garnier, ex-comandante da Marinha no governo Bolsonaro.
Ele, como sempre, tão cioso da moral e dos bons costumes, se recusou a transmitir o cargo ao atual comandante, nomeado por Lula, em protesto contra a vitória do atual presidente. Vamos, almirante!!! Mostre que sua moral não é seletiva!
O caso deste almirante põe a nu uma verdade que os militares recusam entender: desonestos existem em todas as classes sociais e as Forças Armadas não estão livres desta fatalidade humana. E estes acontecimentos mostram sobejamente a necessidade da revisão dos tais currículos de nossas escolas militares! É uma necessidade urgentíssima.
Basta! Não podemos ficar eternamente à mercê das ideias antidemocráticas dos homens que não entenderam o seu papel designado pela Constituição.
É necessário recolocar o País nos trilhos, e depois de 500 anos vamos estudar a nossa verdadeira história, e com nosso tenebroso passado, vamos ver se podemos aprender alguma coisa e traçar um futuro do qual não sentiremos vergonha.