Com ou sem acidez, estamos livres da ViaSul

Na semana anterior, ouvi de um amigo e leitor das minhas “Pontas” que o editorial daquela semana, que debateu a questão dos moradores de rua na cidade, ficou muito ácido. Ele afirmou que eu não poderia ter citado que não se pode misturar frutas podres com sadias. Discuti, pois tenho liberdade com o meu amigo, e não concordei, coloquei as minhas opiniões relativas ao grave problema que vejo piorar a cada dia. Fiz uma releitura atenta do que escrevi e observei que citei “não se pode misturar frutas podres com sadias” dentro de um contexto que não foi observado pelo meu leitor. Citei o bordão quando afirmei que temos vários locais para construir uma Casa de Passagem e que, dentre eles, além do prédio do antigo lactário, o imenso terreno da Granja Escola São José, e que, nesse caso, diriam que estou louco, porque estaríamos misturando frutas sadias com podres por causa da escola que lá funciona. Nada mais que isso. Mas reafirmo aqui que, em minha opinião, os moradores de rua são mesmo “frutas podres”, mas que podem ser recuperadas. Porém, para isso, será preciso muito trabalho social e uma ação hercúlea de toda a comunidade.
Em outra observação sobre o editorial passado, uma leitora, que conhece bem Itaúna com todos os seus aspectos positivos e negativos e tem envolvimento social ativo, trabalhando com constância para que, cada vez mais, estes sejam amenizados, ela enfatizou que, para resolver a questão dos moradores de rua, uma coisa basta: “A comunidade tem é que parar de dar comida, esmola... O poder público tem que fiscalizar os vendedores ambulantes sem licença e um trabalho de conscientização junto a algumas entidades filantrópicas que distribuem comida para os moradores de rua precisa ser feito”. Concordo. Então não é uma questão de acidez, e sim de postura de todos.
A acidez necessária para virar a chave no transporte coletivo
Com muita acidez, vou “virar a chave” e tratar do principal assunto da semana: Itaúna ficou livre da empresa ViaSul, concessionária do transporte coletivo urbano e rural do município. Ufa! Até que enfim, alguém teve a coragem de tomar providências, ou pelo menos entender que a empresa já não suportava os serviços exigidos pela cidade. E parabenizo o prefeito Gustavo Mitre pela coragem, pois, antes, o que acontecia era apenas acomodações, que nunca funcionavam. Agora é fato, a nova empresa terá que chegar já com os ônibus novos e com prazos estabelecidos para empregar os novos melhoramentos. Ganha o usuário. E, mesmo que as críticas no meio político existam, entendo ser positiva a ação, que vai oferecer serviços melhores. Se vai haver mais custo para os cofres públicos, também acho natural, pois os recursos públicos são do cidadão que recolhe impostos e devem ser revertidos para ele, naturalmente em serviços de qualidade, e parece que vai ser.
Agora, da mesma maneira que estou apoiando, vou cobrar o que foi assumido nos prazos estabelecidos. Ao que parece, os ônibus novos serão fornecidos imediatamente, ou seja, na data em que a empresa vai assumir os serviços. Parece lógico. Quanto às paradas ou pontos de ônibus, serão quando e como? Ninguém, até o momento, explicou, mas entendo que deva ser no decorrer do contrato. E essa melhoria é essencial para o usuário, pois as ditas “guaritas” que estão aí nos bairros, pouquíssimas, são uma vergonha. É preciso colocar guaritas bonitas, modernas, cobertas e com painel de horários e tempo de chegada em toda a cidade. Na área central, é preciso fazer um miniterminal, principalmente na Praça da Matriz. Há espaço para tal se quiserem, basta um bom arquiteto... Então que ajam rápido e providencie esse terminal, pois esperar em pé num passeio de 1,5 metro não é confortável e incomoda os transeuntes e os vizinhos, além dos lojistas. É preciso uma solução rápida.
Com um pouco mais de acidez
Nesta semana, novamente o vereadorzinho, o neófito, o contrabandista, o muambeiro, o que faz grau, o que fica no celular nas reuniões da Câmara, o que vai para o Legislativo de calção e que não sabe o que está fazendo lá até hoje, partiu para cima da minha pessoa nas redes sociais, afirmando que sou um lixo, e que não sou jornalista, finjo ser jornalista... Bom! Já passei por agressões à minha pessoa e também ao meu exercício profissional, por não ter formação nele, tenho formação em artes cênicas, mas sempre atuei como jornalista, desde menino. Já repeti isso inúmeras vezes. Já fui agredido por vereadores em outras épocas, que me xingavam e me chamavam até de “jornaleiro”. Nunca me importei. E não me importo. Os vereadores passaram, ficaram no meio do caminho. Estou aí faz 40 anos, ou seja, tenho 40 anos de profissão, e vou aposentar como jornalista com J maiúsculo, queiram alguns ou não. E não tenho que dar satisfação para ninguém. Entendo que o vereadorzinho, o neófito, o muambeiro, deveria, primeiro, fazer cursos para aprender a ser político, ou seja, conhecer as leis, a interpretá-las e, principalmente, entender o que é o processo legislativo, que é complexo quando se quer levar a sério. Mas, pelo que vi até o momento, ele está pensando que está é na Disney. Ó! Na Disney não tem jeito, né? Podem ou pode falar o que quiser, não vai conseguir me atingir, e muito menos me rebaixar, porque o nível aqui é outro, a credibilidade e o respeito junto ao leitor e ao itaunense são incontestáveis, e repito: estou aí há 40 anos atuando como jornalista. Será que o neófito passa deste mandato?