CPI do Carnaval pode entrar na Avenida... E vamos “passear” de ViaSul

CPI do Carnaval pode entrar na Avenida...  E vamos “passear” de ViaSul


Sinceramente não acredito que isso vá acontecer, mas acho interessante só o fato de que, nos bastidores, há desconfianças em relação aos custos e “transações” envolvendo a mais popular festa brasileira que é o carnaval, que em nossa Itaúna sempre foi pensada, montada e feita com carinho, tendo como principal foco o cidadão itaunense, amante ou não da festa momesca nas suas mais diversas formas de expressão, e/ou mesmo como espectador, junto com a família, sentado na arquibancada ou mesmo junto às cordas esticadas acima dos meios-fios na Avenida destinada aos desfiles dos foliões em suas mais diversas opções. Ou seja, no Bloco dos Sujos, nos Farrapos da Lagoinha, na Banda Suja da Lagoinha, nos blocos de bairros como o Babalu de Santanense, no.............dos Garcias e/ou no Zuluzinhos na Praça da Matriz, e até mesmo nos tradicionais Allfaces, Deu no que Deu, .............................…, com seus trios elétricos cada um à sua forma e seu jeito, oferecendo ao cidadão itaunense opções para se divertir, como ele sempre divertiu, desde o início do século passado, subindo a Rua Silva Jardim e atravessando a Praça da Matriz até a esquina da Guinota ou da Casa do Artur Vilaça ou da Loja do Sr. Adolfo Mendes ou ainda esquina do sobrado do Zé Herculano. Mas que a folia atravessava a praça com a população rindo ou aplaudindo os foliões com suas “arruaças” sem maldade e sempre com muito humor ou criatividade isso é fato com registros históricos. E o povo gostava, aplaudia e tinha o carnaval como época de divertimento saudável. E um detalhe importantíssimo nisso tudo: o poder público organizava tudo, sem confusão, e o principal, com custos muito baixos e dentro da realidade da época, sem “rolos” hoje oficializados. Com todos dentro da administração municipal sabendo e fingindo, “fazendo de conta” e cochichando no “pé de ouvido” que é absurdo, que houve superfaturamento ali e acolá e que aquela firma ou aquele empresário ou ainda aquele prestador de serviços recebeu a mais, superfaturou ou entregou dinheiro para aquele ou para o outro... Os diálogos e comentários são de “pé de ouvido”, pois ninguém prova nada, mas tem muita gente “folgada” por aí... 

Mas vamos ao que interessa. A introdução é para lembrar com melancolia como era a nossa mais gostosa festa popular e que de fato era feita para o povão e como ele queria que fosse, ou seja, a festa era para ele e dele. Não é como hoje, que pensam uma festa que dizem ser popular, mas é projetada e montada tendo o povão como mero participante, pois é estruturada pensando apenas nos organizadores e empresários que são os que faturam e enchem os bolsos com o dinheiro público vindo dos impostos pagos por todos. E são muito poucos e sempre os mesmos que faturam. 

E é por isso que setores sérios do meio político e que representam de fato o cidadão são estão defendendo uma investigação séria e minuciosa dos custos do carnaval oficial itaunense, principalmente este ano, quando o circuito foi a metade no ano passado e o custo foi bem maior, pois, até o momento, apesar das palmas e dos elogios dos vereadores, as explicações do nosso secretário de Cultura não convenceram os que entendem de custos de som, de trios elétricos, de montagem de área de desfiles, de praça de alimentação, iluminação, segurança, dentre outros custos para a realização do que denominam Carnavaliza Itaúna, e que, segundo a administração municipal do Senhor Neider Moreira, representada pelo tal de Joe ou Ilimane, acho que é isso, que afirmam ter sido o Melhor Carnaval de Minas Gerais, segundo o governo de Minas Gerais. Dizem! Estou categoricamente afirmando e me posicionando contra as declarações que dizem oficiais do secretário estadual de Cultura e dos representantes oficiais da administração municipal. Em minha opinião, estão literalmente “viajando na maionese”... patinando... E usando fone de ouvido... Ou seja, não estão entendendo nada. Loucos, ou então inteligentes demais. Mas, bom ou não, bem-feito ou não... O momento é de explicações centradas em documentos. Não é ir para a tribuna da Câmara e falar, falar... O dinheiro público deve ser usado e deve ter prestação de contas centradas em documentos. 

Continuamos com os mesmos posicionamentos e defendemos a instalação de uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito - pelo poder Legislativo. Nossos vereadores, antes de bater palmas e balbuciar elogios, deveriam se debruçar em documentos e depoimentos para ter a certeza de que não estão fazendo festas e não “gastando por debaixo do pano”. É momento de chamar e intimar funcionários, representantes de empresas, pedir acesso jurídico as contas e extratos bancários e conversas telefônicas e mais que isso, ver de onde saíram todos os recursos e para onde foram. É o certo. Preto no branco, antes de bater palmas e fazer elogios. 

E para encerrar o editorial, temos que voltar a um assunto que, em nossa opinião, já está é fedendo. O subsídio à empresa de transportes coletivo ViaSul. Aquele que vem num “lenga-lenga” faz meses e envolve dois poderes, Executivo e Legislativo. Agora, depois de tentativa de ponderação até mesmo do Judiciário em fazer com que a situação ficasse resolvida sem seu acionamento, pois a pendenga na Justiça demora muito mais, pois as discussões e decisões, que são monocráticas, podem não terminar tão cedo, pois os recursos são múltiplos. Mas o fato é que agora, para que se resolva a situação financeira da empresa com as perdas no período da Covid e para que aconteça uma modernização dos veículos e mais alguns investimentos, é preciso que alguns milhões de reais, quase 18, sejam pagos à concessionária. Mas, para que isso aconteça, é necessário que uma suplementação orçamentária seja aprovada pelos nossos edis, provavelmente na próxima semana. E, desconfio, isso não vai acontecer, por um motivo muito simples: os nossos representantes não vão ter a coragem e muito menos a “cara de pau”. Pois o assunto já fedeu! E poderia ter sido conduzido de outra forma e sido resolvido faz tempo. Mas a ganância de uns poucos é muita e acaba prejudicando o todo.