Aumento do volume no aterro

Na edição passada, a FOLHA publicou matéria de capa em que alerta para a necessidade de se trabalhar a redução do lixo, especialmente o molhado, em Itaúna. A imagem usada para ilustrar a matéria é recente, de 2025, feita pela assessoria do SAAE. A reportagem da FOLHA fez, em seguida, uma comparação das plataformas de resíduos do aterro, com imagens de arquivo, de 2016, e é possível visualizar o volume de lixo que foi produzido no município no período de oito anos.
Se em 2016 o aterro apresentava duas ou três plataformas de resíduo preenchidas, a imagem de 2025 mostra que, na atualidade, já são seis iniciando a sétima. Assim, nesse ritmo, em 2028 estaremos com nove a dez plataformas preenchidas. Mais quatro anos e chegaremos a uma dúzia. E, rapidamente, será necessária a expansão ou mesmo a construção de um novo aterro sanitário no município. Lembrando que o local onde está sendo aterrado o lixo, atualmente, deverá permanecer sem outra utilização por algo em torno de 10 anos, sendo monitorado pela administração, o que certamente vai gerar custo extra ao setor.
Aproveitamento menor e geração ampliada
A reportagem da FOLHA apurou que, em 2016, o recolhimento de lixo molhado em Itaúna era de cerca de 1.200 toneladas mês. Atualmente, conforme números apurados segundo informação do SAAE, de que são recolhidas 65 toneladas/dia, esse volume chega a algo em torno de 1.560 toneladas/mês, visto que são 24 dias/mês de coleta, que é realizada de segunda a sábado. Houve um acréscimo na geração de lixo molhado de cerca de 30% em relação ao volume de lixo coletado em 2016 (1.200 para 1.560), com acréscimo de 360 toneladas/mês de lixo que é destinado ao aterro sanitário.
Por outro lado, a Coopert coletava em 2016, conforme registros da época, algo em torno de 400 toneladas/mês de lixo seco, conseguindo aproveitamento de quase 300 toneladas, que eram recolocadas no mercado. Atualmente, não são divulgados os dados deste trabalho, porém a informação não oficial é de que são reaproveitadas cerca de 200/250 toneladas/mês, ocorrendo aí uma redução de algo entre 50 e 100 toneladas, mesmo havendo aumento na geração total.
É preciso melhorar muito esse resultado para se chegar ao patamar de oito anos atrás. E, principalmente, é urgente a necessidade de se fazer campanhas para a redução na geração do lixo doméstico em Itaúna, apontam especialistas.