Vai virar uma “cracolândia”

Se autoridades não atuarem, local será – como nas grandes cidades – ponto de encontro de usuários e traficantes de drogas

Vai virar uma “cracolândia”
Foto: Reprodução/Redes sociais


Nas imagens gravadas por moradores da região, pode ser constatado o absurdo que é cometido pelos usuários de drogas e muitos andarilhos que ocupam a Praça da Lagoinha, noites e madrugadas, sem qualquer ação que possa colocar um ponto final na bagunça. Som no último volume e cigarros de maconha e pedras de crack sendo consumidas, livremente, como se ali fosse um local destinado a esta prática, já que as autoridades não atuam com efetividade.

Na manhã da quarta-feira, 7 de junho, mais uma vez as imagens chegaram à redação da FOLHA, levadas por moradores que afirmaram estar preparando uma manifestação de repúdio à situação. Até mesmo destruir os bancos e mesas colocadas no local já passa pela cabeça desses moradores que não sabem mais o que fazer, para acabar com a verdadeira farra de andarilhos e usuários de drogas, a cada noite e madrugada no local. Pessoas que moram nas imediações e têm que trabalhar logo cedo, não conseguem dormir.

Brigas, arruaças e muita baderna são realizadas pelos marginais, a cada noite/madrugada e nada é feito para acabar com a orgia, como reclamam moradores. Pessoas que têm que passar pelo local no início das manhãs, têm medo, devido ao grande número de baderneiros que ficam no local. “Precisa que a polícia atue no local, além de medidas da Prefeitura – por meio da Assistência Social – para acabar com essa baderna”, reclamam moradores. Que acrescentam que “neste caso, nós, cidadãos temos pouco a fazer, a não ser manifestar”, reclamam, lembrando que no caso dos buracos no Parque Jardim Santanense os próprios moradores encontraram a solução. No caso da baderna, se tiveram que atuar, os moradores podem ter problemas com a polícia e a Justiça...

Um grito de socorro é o que resta aos moradores, que entram em contato com a polícia, a cada ação dos baderneiros e têm que insistir para que alguma ação paliativa ocorra. Mas a paciência está-se esgotando, enquanto aguardam medidas efetivas por parte da Prefeitura e das forças de segurança. Quem mora nas imediações da Praça da Lagoinha, ou tem que passar pelo local, à noite ou no início da manhã, resta contar com a sorte, visto que as autoridades nada fazem para acabar com a baderna, reclamam as pessoas já cansadas à espera de uma atitude. E quando o jornal publica reportagens, ainda recebe pedidos de “direito de resposta”, enquanto uma resposta eficaz, eficiente, efetiva, é esperada pela população. Até quando?

Na madrugada de terça para quarta-feira, a baderna na Praça foi filmada (veja vídeo no site) e por mais de uma dezena de vezes moradores ligaram para a Polícia Militar pedindo providências, mas a policial que atendia o telefone apenas dizia que iria contactar a viatura, até que um morador já cansado e indignado, resolveu falar e literalmente desabafou: “é só pedir a viatura que fica no Posto São Paulo, para subir que vai encontrar os craqueiros e moradores de rua bebendo e consumindo drogas com o som no último volume... Se a viatura subir a Dr. José Gonçalves na contramão chega rápido.”. O desabafo foi de indignação, pois segundo os moradores, manter policiais e viatura em postos de gasolina como na Av. São João com Rua Ari Barroso ou na Jove Soares esquina com Antônio Corradi, não resolve, os Postos têm que contratar é vigia particular. E eles estão certos. Mais uma vez: Até quando? Questionam.