Apenas 37% do público-alvo já se vacinou

“População está doente”, afirmou profissional da área da saúde à reportagem

Apenas 37% do público-alvo já se vacinou
Foto: Reprodução/Ricardo Marajó/SMCS


A campanha de vacinação contra a gripe será encerrada na próxima semana, na quarta-feira, dia 31. Mas as autoridades sanitárias deverão prorrogar a vacinação dado ao baixíssimo índice de público já imunizado. Somente cerca de 37% do público-alvo da campanha já haviam recebido suas doses. E em Minas Gerais, mesmo com a vacinação tendo iniciado antes da campanha nacional, o índice não é diferente.

Também em relação ao Sarampo, doença a que o Brasil esteve livre por vários anos, a baixa imunização coloca as autoridades em alerta com a possível volta da doença. O mesmo acontece com a poliomielite. Conforme dados do Ministério da Saúde, até 2019 os índices se mantinham sempre em torno de 90% para as imunizações mais importantes na visão dos especialistas da área da saúde. Desde 2020, esses índices vêm caindo vertiginosamente, chegando ao patamar de 50%, 60%, nos casos como o combate à gripe, ao sarampo e à poliomielite.

Com o compromisso de não ser identificado, um profissional da área da saúde de Itaúna afirmou que “a população está doente, de uma moléstia que pode ser chamada de imbecilidade... idiotice, aguda... Por questões político-partidárias, as pessoas renunciam à proteção da saúde de seus filhos, seus pais, daquelas pessoas a quem eles dizem amar”, desabafou. 

A vacinação contra a poliomielite, que alcançou índices de 98% em 2015, por exemplo, e vinha mantendo a média sempre acima de 80% até 2019, caiu para 65% em 2019 e vem caindo nos últimos anos. Uma campanha mundial antivacina vem sendo desenvolvida pelos grupos autodenominados de extrema direita e esse movimento tem ganhado adeptos. Vacina sempre foi representação de “mais vida”, sendo hoje motivo um de debate político-ideológico insano, como definiu o profissional ouvido pela reportagem.