Ações da Coteminas, dona da Santanense Tecidos, sobem 200% nesta segunda-feira
Anúncio de que a Shein assinou contrato de parceria com a empresa mexeu com o mercado e no final da manhã desta segunda-feira, 24, ações já haviam saltado de R$ 4 para R$ 8, encerrando o dia a R$ 12,01.
O anúncio ocorrido no final da semana passada, véspera do feriado de 21 de abril, de investimentos da Shein, mexeu com a economia do Grupo Coteminas e, consequentemente com a Santanense Tecidos, empresa do grupo, envolvida na negociação.
A gigante de e-commerce chinesa anunciou que vai investir R$ 750 milhões no Brasil, ocasionando a geração de 100 mil empregos. A proposta é de formar parceria com empresas nacionais para a produção de mercadorias comercializadas pela Shein, no Brasil e na América Latina.
E na quinta-feira a Coteminas publicou comunicado de parceria, conforme adiantou a FOLHA, envolvendo a Santanense Tecidos.
Com o anúncio do negócio, segundo o site ‘www.monitordomercado.com.br’, as ações da Coteminas na Bolsa de Valores (CTMN3) iniciaram o dia a R$ 4 e já por volta das 10h40 valiam R$ 8, uma valorização de 100% em poucas horas.
Já o site ‘www.infomoney.com.br’ às 17h08, informava que as ações CTMN3 fecharam o dia a R$ 12,01, com valorização de 199,5%.
Neste mesmo site, especializado no mercado, foi informado que Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar, e atual presidente da Fiesp e sócio majoritário da Coteminas, foi nome importante junto ao Governo Lula para fechar acordo com a Shein e trazer o investimento de quase um bilhão de Reais, anunciado pela gigante chinesa para o Brasil. Este investimento deve ocorrer nos próximos três anos, conforme o anúncio do ministro da Economia, Fernando Haddad.
Expectativa em Itaúna
Com a parceria firmada pela Coteminas com a Shein, a expectativa em Itaúna é das melhores, no que diz respeito à Santanense. De empresa em séria crise, com risco de demissão de empregados, recentemente, a esperança agora é de que, com a Shein negociando os produtos da empresa, a Santanense volte a contratar, além de garantir os empregos atuais.
Nos últimos meses os funcionários da Santanense, tanto em Itaúna como em Pará de Minas, realizaram manifestações cobrando o repasse de benefícios como o vale-refeição e o pagamento do seguro saúde pela empresa, que vinha sendo atrasado constantemente.
Os empregados estavam recebendo o salário, porém a produção estava paralisada, causando apreensão nas famílias dos trabalhadores e também na economia local, de possível ocorrência de mais uma falência no ramo têxtil, já que as lembranças das demissões da Cia. Itaunense ainda estão ‘vivas’ na memória de muitos itaunenses. O clima, agora, parece ser outro.