FURTO DE FIAÇÃO - Prisão de 25 pessoas e apreensão de tonelada de fios
Operação Circuito Fechado realizou ações em 19 cidades, dentre elas Divinópolis e Pará de Minas, no Centro-Oeste de Minas
A reportagem da FOLHA tem produzido matérias constantemente sobre o absurdo em que está se tornando o furto de fiação de redes elétricas na cidade, causando prejuízos e espalhando insegurança na população. Como divulgado seguidas vezes, a simples prisão dos ladrões de fios não dá fim à ação os bandidos, já que é necessária a atuação junto aos atravessadores, que são as pessoas que compram a fiação que é furtada. O mercado do cobre é amplo e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), realizou uma grande operação de combate a esse tipo de crime, de alcance estadual. Foram feitas ações em 19 municípios, culminando com a prisão de 25 pessoas e apreensão de mil e quatrocentos quilos de cobre (1,4 tonelada) provenientes de furto de fiação elétrica.
O total de fiação apreendido equivale a 17 mil metros de fios, ou seja, dois terços da distância entre Itaúna e Itatiaiuçu, que é de 25 km. As prisões realizadas foram três em cumprimento de mandados e 22 em flagrante. A Operação Circuito Fechado teve prisões efetuadas nos seguintes municípios: Arcos, Uberaba, Ipatinga, Uberlândia, Ponte Nova, Divinópolis, Araguari, Barbacena, Boa Esperança, Carmo do Parnaíba, Corinto, Morada Nova de Minas, Pará de Minas, Poços de Caldas, São Lourenço, Três Marias, Abaeté, Patrocínio e João Monlevade.
Conforme a assessoria da PM, o objetivo da operação foi “combater a receptação e o comércio ilegal de fios de cobre e materiais metálicos de origem ilícita no estado, desarticular redes criminosas, reduzir a incidência de furtos qualificados, além de promover maior sensação de segurança para a população”. Informou ainda que “os alvos foram definidos a partir de análises e levantamentos realizados pelas agências de inteligência da PMMG, considerando o impacto desse crime na infraestrutura urbana e nos serviços essenciais”.
Segundo a chefe do Centro de Jornalismo da PMMG, major Layla Brunnela, a eficácia da Operação Circuito Fechado é resultado direto da atuação conjunta e interinstitucional. “A Polícia Militar está atenta e atuando de forma cirúrgica contra essa modalidade criminosa que prejudica a qualidade de vida de toda a população. Nossas ações serão contínuas e periódicas em todo o estado”, afirmou.
Fiscalização
Ao todo, foram fiscalizados 527 estabelecimentos, vistoriados 876 veículos, abordadas aproximadamente 1.100 pessoas, além de apreendidas cinco armas de fogo, 942 munições, R$ 14.130 em dinheiro e ferramentas diversas. A operação contou com efetivo de 892 militares e 366 viaturas.
De acordo com o porta-voz do CBMMG, tenente Henrique Barcellos, a fiscalização do CBMMG resultou em 13 autuações, das quais cinco ocorreram por falta do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e oito por ausência de medidas de especificadas em norma técnica. Somente um dos estabelecimentos fiscalizados se apresentou regular com as normas de segurança contra incêndio e pânico. “A atuação conjunta potencializa os resultados e reforça o compromisso do Estado com a prevenção e o combate à criminalidade. Para o Corpo de Bombeiros, a operação também representa uma oportunidade de incrementar a segurança contra incêndio em locais sensíveis, como os ferros-velhos, estabelecimentos que, historicamente, registram ocorrências significativas de incêndios”, disse.
Primeira fase
Esta é a segunda fase da operação, sendo que a primeira fase ocorreu entre os dias 25 e 26 de junho, em Belo Horizonte, e nos dias 9 e 10 de julho, em Contagem, Nova Lima e Vespasiano, sendo apreendidos aproximadamente 220 quilos de fios de cobre e cabos metálicos de procedência suspeita, além de outros materiais.





