A “culpa” é da Prefeitura

Documento do DER a que a reportagem teve acesso informa que a “Prefeitura implantou acesso (à empresa PCMA) e não concluiu as obras”

A “culpa” é da Prefeitura


No período chuvoso, encerrado em finais de março/início de abril, várias foram as reclamações de motoristas que passavam pelo Trevo do Morro do Engenho, que dá acesso à MG-431, em relação a alagamentos ocorrido no local. Naquele trecho, cerca de 60 dias após a entrega das obras do novo trevo, o DER-MG teve que realizar obras de reparo, devido aos muitos buracos abertos pelas chuvas no local. E uma das possíveis causas desses alagamentos foi apontado em ofício enviado pela Regional de Pará de Minas do DER-MG à deputada estadual Lohanna França, a que a reportagem teve acesso.

Neste documento é afirmado que o DER-MG “identificou lançamento de (águas) pluviais indevidos, realizados pelo acesso construído pela Prefeitura Municipal de Itaúna, em atendimento a demanda da empresa PCMA”. Ainda conforme o trecho do documento, “(a Prefeitura) implantou o acesso e não concluiu as obras”. Relatando ainda que a conclusão das obras depende da construção de um “bueiro para conduzir as águas para local correto”. O ofício é muito claro ao apontar a Prefeitura pelos problemas de alagamento na pista: “águas estão sendo lançadas diretamente na pista”.

Diz ainda o ofício encaminhado para a deputada que “essa Unidade Regional notificará os agentes responsáveis (Prefeitura de Itaúna) para a correção do problema”. E no ofício o DER-MG aborda ainda questões como iluminação do trevo e a colocação de placas reflexivas, já que, conforme denúncia da FOLHA, no período noturno as placas não refletem, sendo necessária a aproximação das mesmas para que possam ser lidas as mensagens nelas constantes.

Obras não previam iluminação do trevo

Em resposta seca ao ofício da deputada, a Regional do DER de Pará de Minas informa apenas que a iluminação é “item não previsto em projeto e planilha de serviços”. Com essa informação, ou os políticos terão de trabalhar para conseguir a iluminação do trecho ou a Prefeitura assumirá os custos da implantação da iluminação no local. Assim o trevo do Morro do Engenho deverá ficar sem iluminação por um bom período ainda, já que no projeto de “eficientização da iluminação pública” apresentado pela Prefeitura não consta investimentos para aquele local.

Em relação às placas reflexivas, conforme a Regional, serão realizados testes de “refletância” e, caso seja constatada a necessidade de troca das placas, esse trabalho será executado. Traduzindo, se o DER-MG, a partir dos testes que realizar, detectar que as atuais placas atendem ao projeto, não haverá mudança e os motoristas continuarão tendo de se aproximar das placas, à noite, para conseguir ler as mensagens que constam delas...