Setor de fundição prevê aumento de 8% a 10% no faturamento

Indústria de Igarapé deve dobrar produção e nova fundição pode ser implantada em Juatuba. Previsão é de R$ 250 milhões em investimentos e mais de 2 mil novos empregos

Setor de fundição prevê aumento de 8% a 10% no faturamento
Foto: Reprodução/INtercast/Itaúna




O presidente do Sindicato da Indústria de Fundição no Estado de Minas Gerais (Sifumg), Afonso Gonzaga, falou ao jornal “Diário do Comércio” no início desta semana, quando abordou o otimismo para o setor neste ano de 2024. Segundo ele, a maior fatia dos investimentos no setor deve ser direcionada para a aquisição de equipamentos, visando o aumento da produtividade. Mas adiantou que uma indústria da cidade de Igarapé tem planejamento de ampliar sua produção das atuais 700 toneladas para 1,4 mil toneladas por mês. Uma nova indústria também deve se instalar em Juatuba, com a previsão de produção de algo em torno de 500 toneladas/mês. Com isso, a expectativa é de que sejam geradas 2 a 2,3 mil novas vagas no setor. 

O empresário e liderança da categoria abordou ainda os resultados benéficos para a economia mineira, como um todo, que é responsável pelo maior volume produzido no País, no setor de fundição. Tanto é que, dos pouco mais de 60 mil trabalhadores da fundição no Brasil, quase 20 mil atuam em Minas Gerais. Gonzaga informou ainda que a produção da fundição em Minas Gerais em 2023 foi de 669,5 mil toneladas de produtos, incluindo ferro, aço, alumínio e bronze. Esse volume foi 6,2% maior que o do ano de 2022. 

Governo Federal é importante para manter crescimento 

Conforme as palavras do líder classista, é importante que ocorra a colaboração entre o setor privado e o Governo Federal. Para isso é necessário, segundo Gonzaga, que o governo perceba que “o progresso das indústrias é essencial não somente para a própria sustentabilidade da área, mas também para a evolução de outros setores como os de serviços e comércio, além de impactar positivamente as receitas públicas”, como destaca a reportagem do “Diário do Comércio”. 

Assim a expectativa dos empresários é de que as ações do Marco Legal do Saneamento Básico e do Marco Legal das Ferrovias acabem por gerar a execução de obras, o que por sua vez vai ampliar a demanda por fundidos. Outra expectativa do setor é também voltada para a expansão da indústria automotiva, que é grande consumidora de peças fundidas e anunciou, nas últimas semanas, investimentos de mais de R$ 25 bilhões no Brasil.