Minas confirma dois casos de sarampo
Casos reacendem alerta sobre vacinação no país
Minas Gerais confirmou dois casos de sarampo na última semana. As ocorrências são de duas meninas menores de quatro anos, moradoras de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Os exames foram realizados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Apesar da confirmação inicial, os casos ainda são tratados como suspeitos, já que um novo teste será feito para validação definitiva.
A confirmação chama a atenção porque o Brasil recebeu, em novembro de 2024, a recertificação de eliminação da circulação endêmica do sarampo, concedida pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). Minas não registrava casos autóctones — com transmissão dentro do estado — desde 2020, quando 22 ocorrências foram confirmadas. Em 2024, houve apenas um caso, em um adolescente de 17 anos que havia viajado para a Inglaterra.
Com os novos registros, Uberlândia adotou medidas preventivas, como bloqueio vacinal de familiares, profissionais de saúde e pessoas que tiveram contato com as crianças. Também foi iniciada a busca ativa e vacinação de cerca de 3,6 mil crianças menores de quatro anos com doses da tríplice viral em atraso.
Segundo a SES-MG, a Vigilância Epidemiológica segue monitorando a circulação do vírus e reforçando as ações de prevenção, especialmente diante do intenso fluxo migratório da cidade, que é ponto de passagem entre diferentes regiões do país.
Vacinação é essencial para manter doença sob controle
De acordo com a Secretaria de Saúde, as duas crianças com casos confirmados não tinham registro vacinal, o que reforça a importância da imunização. A vacina contra o sarampo é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS). O imunizante é aplicado na forma da tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, e é recomendado para pessoas de 12 meses a 59 anos que ainda não tenham completado o esquema vacinal.
Em 2024, a cobertura vacinal nacional foi de 102,5% para a primeira dose e 89,35% para a segunda. Em Uberlândia, os índices são de 89,41% e 82,26%, respectivamente — abaixo da meta de 95% preconizada pelo Ministério da Saúde.
Em Itatiaiuçu, conforme dados do Ministério da Saúde, a situação preocupa: a cobertura em 2025 é de 69,75% para a primeira dose e 70,59% para a segunda. Já em Minas Gerais, os índices são de 93,38% e 80,93%.





