Renúncia e negativa de liberar documento público na Câmara
Membro da comissão processante não aguentou incômodo por parte do presidente Gustavo Barbosa e pediu renúncia. Vereadores procuram jornal para denunciar que presidência da Câmara não queria liberar documento. Presidente da Casa nega

A Comissão Processante que vai apurar a situação do vice-prefeito de Itaúna que está “desaparecido”, nem começou a trabalhar e já está com muitas polêmicas.
Devido ao incômodo provocado pelas atitudes do presidente da Comissão, vereador Gustavo Dornas Barbosa, conforme apurou a reportagem, o vice-presidente Dalmo Assis, o Dalminho, renunciou, protocolando o pedido junto à Mesa Diretora, ainda na tarde/noite da quarta-feira, conforme apuramos.
O problema seria que Gustavo Dornas “não dá sossego, ligando para os colegas até mesmo durante a madrugada”, o que causou o pedido de renúncia do edil Dalminho. E, por causa desse tipo de comportamento de Gustavo, outros vereadores não querem fazer parte da Comissão, o que se tornou um outro problema.
E como o presidente da Mesa Diretora, Antônio de Miranda estaria tentando demover o renunciante a mudar de postura, mantendo seu nome, a cópia do documento com o pedido de renúncia está sendo negada à imprensa e até mesmo a outros vereadores, o que é uma atitude ditatorial da Mesa.
A reportagem da FOLHA tentou obter cópia do documento, que é público, e sequer foi atendida por funcionários do Legislativo. Tentamos por meio de outros vereadores e novamente ocorreu a negativa.
Assim, a Comissão Processante já começa mal: o presidente, por seu comportamento insistente, enfadonho ou, popularmente denominado, chato, causou este impasse.
Por sua vez, o comportamento do presidente da Mesa, absolutista, ditatorial, que acha que resolve os impasses com “jeitinho”, causa outro problema.
E a Câmara vai caminhando aos tropeços, aos solavancos, devido à personalidade de alguns dos vereadores, que atuam no ente público como se transitassem no comando de uma ‘venda’, ou de um escritório particular...
Quase no fechamento desta matéria o presidente do Legislativo, Antônio de Miranda, retornou contato tentado por várias vezes pelo editor da FOLHA. Segundo o presidente em momento algum ele negou a entrega do documento protocolado pelo vereador Dalminho.
É a Itaúna dos “novos tempos”...
Presidente não resiste à pressão e libera documento
Após vários atos na tentativa de conseguir uma cópia do documento protocolado por Dalmo de Assis, pedindo a renúncia, o presidente da Câmara não conseguiu mais segurar, e liberou uma cópia para a imprensa.
Porém, após muita insistência e questionamentos. Fica, desta forma, mantida a informação anterior, como forma de protesto às atitudes anteriores e o registro de que, somente após muita pressão é que tivemos acesso ao pedido de renúncia do vereador Dalminho, que publicamos em anexo.