Esgoto estourado no Projeto Somma é tema de debate

Diretora do SAAE e gerente do Meio Ambiente da Prefeitura são questionados sobre o problema

Esgoto estourado no Projeto Somma é tema de debate
Foto: Divulgação/CMI


Na reunião ordinária da terça-feira, 27, na Câmara, a diretora do SAAE, Alaiza Queiroz e o gerente de Meio Ambiente da Prefeitura, Marcelo Nogueira, foram questionados pelos vereadores sobre os problemas de esgoto vazando em vários pontos da cidade, como no ribeirão dos Capotos, na região de Garcias, no ribeirão Joanica, região da Várzea da Olaria e ainda no Rio São João, área central e Vila Mozart. Segundo o gerente do Meio Ambiente, o fato se deve por ser antiga a rede do Projeto Somma. Em relação à possível atuação das máquinas que estão desassoreando os cursos d´água terem estourado a rede, ele afirma que pelo fato de a rede ser antiga, não se sabia onde passa o encanamento. 

Nenhuma das desculpas convenceram a maioria dos vereadores, conforme apurou a reportagem. Em relação ao tempo, o Projeto Somma completou 20 anos em 2014, no caso das primeiras redes, e em 2017, 2018, nos casos das mais recentes, conforme levantamentos da instalação do Somma em Itaúna. E era previsto a revisão da rede, após este período. “Se não foi feita a revisão, é mais um erro deles”, disse um vereador. Sobre “não saber onde estão as redes”, um vereador afirmou que “isso é atestado de incompetência. O SAAE teria a obrigação de ter esse mapeamento arquivado e, com certeza, tem”, disse.

Sobre a recuperação da rede nos locais em que foi rompida, a afirmação dos técnicos é de que possivelmente toda a rede – do Projeto Somma – terá que ser feita, como disse várias vezes o gerente do Meio Ambiente. Assim, estaria sendo “jogado no lixo” todo o investimento do projeto, como disse um dos presentes à reunião. Sobre o fato de a empresa que realiza a limpeza nas margens dos cursos d´água ser responsabilizada pelo prejuízo, como apontou o vereador Da Lua, tanto a diretora do SAAE quanto o gerente do Meio Ambiente não deram resposta. Ao final do encontro ficou a informação de que “projetos estão sendo feitos, estudos são necessários”, como repetiu várias vezes Alaiza Queiroz, enquanto o esgoto deságua no São João e medidas emergenciais não são adotadas para cessar o crime ambiental.