ATRAENTE E LETAL - Saúde faz alerta contra vape

Cigarros eletrônicos, populares entre adolescentes, estão associados a lesões pulmonares graves e até seis vezes mais riscos que os produtos derivados do tabaco

ATRAENTE E LETAL - Saúde faz alerta contra vape
Foto: Tatiana Kutina / Canva

Nos últimos anos, o número de usuários de cigarro eletrônico, chamado popularmente como “vape”, cresceu significativamente. Com o objetivo de reforçar ações e sensibilizar a população para os danos do cigarro, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) faz um alerta: os vapes podem causar lesões pulmonares graves e oferecem até seis vezes mais riscos que o cigarro comum. 

Os prejuízos do tabagismo são amplamente conhecidos graças às campanhas de conscientização promovidas ao longo das últimas décadas, principalmente no Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado no dia 29 de agosto. Já os malefícios do vape ainda geram muitas dúvidas, mas o consenso científico é claro: o produto é nocivo e perigoso.

Coloridos, modernos e saborizados, o cigarro eletrônico chama a atenção e ganhou força especialmente entre adolescentes e jovens. Conforme dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), de 2019, 16,8% dos estudantes de 13 a 17 anos já haviam experimentado o dispositivo.

“Não é só sabor com vapor e aromas: os cigarros eletrônicos causam muitos danos para a saúde”, destaca Nayara Resende Pena, coordenadora dos Programas de Promoção da Saúde da SES-MG.

O cigarro carrega substâncias altamente tóxicas, como nicotina, metais pesados e compostos químicos associados a lesões pulmonares graves. Entre os principais riscos está a Evali (do inglês e-cigarette or vaping use-associated lung injury), uma síndrome reconhecida como lesão pulmonar aguda provocada pelo uso do cigarro eletrônico. Ela se diferencia da pneumonia por não ser uma infecção, mas uma inflamação severa, que pode causar dificuldade para respirar, tosse, dor no peito e até complicações em outros órgãos.

No Brasil, a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e até mesmo a propaganda de DEF (Dispositivos Eletrônicos para Fumar) são proibidas desde 2009, com reforço em 2024 pela Resolução nº 855 da Diretoria Colegiada da Anvisa.