Postagem simples “custa 50% mais caro em Itaúna”

Mesmo com o avanço dos meios digitais, ainda há quem preserve o costume de enviar mensagens de boas festas e até troca de impressões do dia a dia pelo meio da postagem de correspondências. Afinal, quem não gosta de receber uma carta de um amigo, ou mesmo um cartão de felicitações de aniversário ou de Natal? Mesmo que seja um geek, com certeza, a pessoa vai gostar de ter este contato com “a tecnologia antiga” das cartas e cartões enviados pelos Correios. Mas, em Itaúna, conforme reclamação de leitores, esse costume é cerca de 50% mais caro do que se fosse exercido em outras cidades. Um dos reclamantes à FOLHA, por exemplo, disse que conferiu os valores da postagem em Belo Horizonte e em Divinópolis, para se certificar.

A reportagem fez a apuração em outros centros e encontrou também as mesmas diferença de valores. Nessas outras cidades, a postagem de uma carta simples, com até 20g de peso, custa R$ 2,55. E, conforme as reclamações, em Itaúna, está sendo cobrado o valor de R$ 3,70. A diferença pode parecer pouca, porém, se for feita a conta para uma pessoa que envia cerca de uma centena de cartas em um ano, aí o total chega a R$ 115. E uma dos reclamantes que contatou a reportagem calcula em torno de 400 correspondências enviadas ao ano, o que representa R$ 460 e se torna uma soma considerável.

Imagine a situação de um contador, por exemplo, que tem duzentos clientes e que envie a cada um deles uma mensagem no aniversário e um cartão de boas-festas, ao final de cada ano. Ele vai pagar R$ 460 a mais se essas correspondências estiverem sendo enviadas nos Correios de Itaúna, como demonstrou um dos reclamantes à FOLHA.

O outro lado

A reportagem tentou contato com a agência dos Correios, por telefone, em três oportunidades, até o fechamento da matéria, sem sucesso. Também tentou contato com uma agência, via aplicativo de WhatsApp, e ainda não tínhamos recebido resposta. Em pesquisa na internet, detectamos que o valor de R$ 3,70 é cobrado nas postagens de “carta comercial” e, para a “carta simples”, o valor é de R$ 2,55, com peso de até 20g.

Além das “características” da postagem, consta também a relação de quantidade de mensagens enviadas. O preço de R$ 2,45 para a “carta simples” permite o envio de até 20 correspondências. O que vale também para as “cartas comerciais”, que custam R$ 3,70 a unidade para até 20 correspondências enviadas. 

Os Correios divulgam ainda a relação de valor/custo da postagem de “carta social”. Estas não podem exceder 10g, custam um centavo a postagem, e cada cidadão pode enviar até 5 unidades por dia. Também é necessário a comprovação de determinadas condições socioeconômicas para esse tipo de postagem.

No caso da diferenciação entre “carta simples” e “carta comercial”, encontramos a definição de que a primeira é emitida por pessoa física, tendo como destinatário, outra pessoa física. Já a “comercial” teria como definição principal a emissão feita a pessoa jurídica, inclusive, podendo constar timbre no envelope. 

O espaço continua aberto para caso representantes dos Correios queiram utilizá-lo.