Sessão da Câmara vira "Teatro de Horrores" e Wenderson da Usina coloca o dedo na cara de Kaio Guimarães
A reunião da Câmara desta terça-feira, 18 de novembro, foi um verdadeiro espetáculo de horrores e baixaria política, culminando em uma confusão generalizada e em quase agressão física com o vereador Wenderson colocando o dedo na cara do colega de plenário Kaio Guimarães.
O clima incendiou logo na “Ordem do Dia” quando o vereador Kaio Guimarães solicitou a exibição de um vídeo interno do prédio do Legislativo. O vídeo mostrava a suplente de deputada e Secretária de Ação Social, Gláucia Santiago, com um advogado, que supostamente seria o procurador de seu filho Hidelbrando Neto, nos corredores da Câmara, no dia da votação para a implantação da Comissão Processante, supostamente articulando procedimento de vereadores (o que não configura nenhuma ilegalidade e seria apenas o pedido de uma mãe se fosse constatada a verdade dos atos de Gláucia).
A divulgação do vídeo desencadeou uma reação imediata e agressiva no plenário. O vereador Alexandre Campos, cujo gabinete foi visitado pela Secretária, questionou o presidente da Casa, Antônio de Miranda, sobre a legalidade da autorização do vídeo interno. O presidente respondeu que tinha um parecer da sua Procuradoria, liberando o vídeo. Alexandre, então, questionou o porquê de o mesmo não ter acontecido com o vídeo de vandalismo de pessoas passando "bosta" na fechadura do gabinete do vereador Gustavo Barbosa.
A partir daí a discussão partiu para os ataques pessoais. Alexandre Campos virou para Kaio Guimarães, classificando a ação dele como inoportuna e motivada apenas pela intenção de agredir uma mãe e manchar os 130 anos de história da família Santiago. Em um dos momentos mais chocantes, ele, olhando para o vereador Kaio, repetiu por três vezes: "Você é filho de chocadeira?"; “Você é filho de chocadeira?”; “Você é filho de chocadeira?”.
O vereador Wenderson da Usina, em seguida, pediu a palavra, e, subindo o tom, começou a criticar Kaio por sempre agir com "picuinhas" e por atuar de forma controversa e sem postura ética, como se estivesse na "métrica da Netflix", buscando apenas uma "cena de cinema" em vez de trabalhar de verdade pela comunidade. O vídeo da acalorada sessão está disponível no YouTube da Câmara.
O ápice do descontrole na reunião veio com o vereador Rosse Andrade, que, em seguida à fala de Wenderson, em um discurso totalmente direto, olhando para Kaio e aos gritos, chamou o vereador de "moleque" e de um "capeta com a bíblia na mão" — uma alusão ao fato de Kaio ser pastor.
A reunião ficou momentaneamente incontrolável. O presidente, Antônio Miranda, foi questionado várias vezes, mas não conseguiu interpelar e nem controlar os vereadores indignados.
Ao final do circo armado, a FOLHA resumiu a sessão. Após o presidente anunciar o término da sessão, o vereador Kaio teria dito alguma coisa para Wenderson, que imediatamente retrucou, colocando o dedo na cara de Kaio Guimarães e afirmando que ele “não tem moral para criticar ninguém, pois ficou quatro anos criticando o prefeito Neider Moreira e depois ao final foi lá sentar-se no colo dele”. Vereadores próximos acalmaram os ânimos afastando os dois vereadores. Essas cenas não foram gravadas, pois as câmeras do plenário já estavam desligadas.
Wenderson confessou à reportagem, na noite de ontem, que de fato estava muito nervoso e que perdeu o controle. No entanto, o vereador reiterou que sua única intenção é ser um vereador que trabalha pela cidade e que não quer participar de um "circo" como o daquela noite e sim trabalhar com projetos para um todo, buscando melhorias para a comunidade.
A FOLHA concluiu, em um duro resumo, que a reunião de ontem foi um "circo armado pelo vereador Kaio, que acabou caindo do trapézio". Com segurança, a reportagem pode destacar que o papel do vereador até aqui no Legislativo só contribui para a criação de um ambiente tóxico e que leva ao vexame público do Poder Legislativo.





