PÓ-DE-MICO - FOLHA recebe cópia de denúncia com base na Lei Maria da Penha

Texto do documento aponta que “o fato está sendo ignorado e encoberto”

PÓ-DE-MICO - FOLHA recebe cópia de denúncia com base na Lei Maria da Penha

Conforme a FOLHA divulgou em edições passadas, na tarde do dia 30 de junho, uma segunda-feira, ocorreu uma “brincadeira de mau gosto” nas dependências da Câmara, que poderia indicar até mesmo uma quebra de decoro por parte de um vereador. O fato narrado seria que o vereador Kaio Guimarães, acompanhado de assessor conhecido como “Joba” e de mais uma pessoa, fizeram uma “brincadeira”, passando pó-de-mico na maçaneta da porta do gabinete do vereador Gustavo Dornas. Uma assessora de Gustavo, de nome Regina, teve contato com o produto, conforme as informações, ocasionando nela problemas de saúde, como irritação, vermelhidão e coceiras na pele. Sabendo do ocorrido, Gustavo solicitou cópia das filmagens e, conforme apurado, constatou-se a participação do edil Kaio e do assessor no ato.

Porém, conforme a denúncia grifa, “o fato está sendo ignorado e encoberto pelos vereadores e assessores envolvidos”. No caso, a direção da Casa também estaria sendo omissa por não se posicionar sobre o ocorrido. Informa a denúncia, ainda, que “o vereador Gustavo Barbosa, ao saber que o produto teria sido colocado com aval e autorização do seu colega parlamentar (vereador Kaio), este retirou qualquer reclamação e não realizou denúncia acerca do ocorrido”. No texto da denúncia foram citadas matérias publicadas pela FOLHA e pelo jornal S’Passo. 

O caso, ao que parece, não será “abafado”, como parece querer o grupo envolvido, e pode gerar mais um problema a ser solucionado pela Câmara. Profissionais da área jurídica afirmam que o fato deveria gerar, pelo menos, uma investigação por quebra de decoro, com relação ao vereador, e um processo administrativo em relação ao servidor. Punições citadas são várias, indo de advertência formal a cassação e demissão, dependendo do envolvimento de cada um. Até mesmo a situação de crime com base na Lei Maria da Penha é levantada no caso.