Maçonaria e catolicismo são incompatíveis: como a maçonaria tenta acabar com a Fé de Cristo

Maçonaria e catolicismo são incompatíveis: como a maçonaria tenta acabar com a Fé de Cristo


O que te move? O conforto e a conveniência de tocar sua vida sem ser incomodado? Cuidar de suas coisas e dos seus? Sabia que para cada minuto deste belíssimo tempo rotineiro que você pode passar dentro do seu dia a dia, junto da sua família, mil horas de luta foram travadas pelos ensinamentos de Cristo contra o império das organizações civis, de homens insensíveis ao senso comum e aos valores mais simples e nobres como a vida, a família, a caridade e a dignidade? Com adaptação inspirada em uma pesquisa do Catholic Herald Institute (Ed Condon), precisamos deixar claro por que é impossível ser católico e maçom ao mesmo tempo. 

É comum ouvirmos dizer que a Igreja se opôs à franco-maçonaria por causa do caráter supostamente revolucionário das lojas. Fala-se muito que as lojas maçônicas eram a base de republicanos contra o velho regime absolutista atrelado à Igreja. No entanto, essa não era, em hipótese alguma, a razão originária de sua rejeição. O que o Papa Clemente XII DENUNCIOU originalmente não era uma sociedade republicana revolucionária, mas um grupo que propagava O INDIFERENTISMO RELIGIOSO: a ideia de que todas as religiões (e nenhuma delas) têm igual validade, e que na Maçonaria estão todas unidas para servirem a um entendimento comum e mais elevado da virtude. Os católicos, se tornam-se membros, são obrigados a colocar sua adesão à loja maçônica acima de seu pertencimento à Igreja. Em outras palavras, a proibição rigorosa da Igreja devia-se não a motivos políticos, mas ao cuidado com as almas.

Entre o Papa Clemente XII (em 1738) e a promulgação do Código de Direito Canônico (em 1917), oito papas escreveram condenações explícitas à maçonaria. Eles foram todos claros: católico que se associa à maçonaria está automaticamente excomungado da fé católica, por meio de excomunhão automática reservada à Sé Apostólica. Exatamente como está na carta de S. Paulo aos Coríntios 5:2, já explicitado o Direito Canônico da Igreja Católica, com a devida pena de excomunhão aplicada em nome de Jesus.

Três séculos após a fundação da primeira Grande Loja Maçônica, os princípios dessa instituição continuam frontalmente incompatíveis com a doutrina católica. Durante a maior parte dos últimos 300 anos, as duas instituições têm sido reconhecidas, mesmo pela mentalidade secular, como implacavelmente opostas uma à outra. Ocorre que, em décadas recentes, a animosidade entre elas tem-se apagado da consciência pública em grande medida, devido ao menor envolvimento direto da Igreja em assuntos civis e à derrocada dramática da Maçonaria, tanto em números quanto em importância. Mas, por ocasião dos 300 anos da Maçonaria, vale a pena rever o que sempre esteve no “núcleo” da absoluta oposição da Igreja a esse grupo. Aparentemente, a Maçonaria pode não passar de um clube esotérico masculino, mas ela já foi, e continua sendo, um movimento filosófico altamente influente — e que impactou de modo dramático, ainda que sutil, a sociedade e a política modernas no Ocidente.

A história da Franco-maçonaria é a transformação de guildas de pedreiros medievais em uma rede de sociedades secretas, com uma filosofia e um rito gnósticos próprios. Ainda que os próprios ritos maçônicos contenham um material considerável que pode ser chamado de herético — e até de explicitamente anticatólico —, a Igreja sempre esteve muito mais preocupada com a filosofia geral da Franco-maçonaria do que com a ostentação de seus rituais.

O que sempre constituiu a primeira objeção da Igreja à loja maçônica foi a ameaça que ela representava à fé dos católicos e à liberdade da Igreja de agir em sociedade. O fato de os ensinamentos da Igreja serem minados nas lojas, e a sua autoridade em matéria de fé e moral ser questionada, era repetidamente descrito como uma conspiração contra a fé, tanto nos indivíduos quanto em sociedade.

Na encíclica Humanum Genus, o Papa Leão XIII descreveu a agenda maçônica como sendo a exclusão da Igreja da participação em assuntos públicos e a perda gradual de seus direitos como um membro institucional da sociedade. Ele se referiu especificamente ao objetivo de secularizar o Estado e a sociedade. Ressaltou em particular a exclusão do ensino religioso das escolas públicas e o conceito de que “o Estado, que deve ser absolutamente ateu, tem o inalienável direito e dever de formar o coração e os espíritos de seus cidadãos” (Dall’Alto dell’Apostolico Seggio, n. 6). Também denunciou abertamente o desejo maçônico de tirar da Igreja qualquer forma de controle ou influência sobre escolas, hospitais, instituições de caridade públicas, universidades e qualquer outra associação que servisse ao bem comum. Também deu um destaque específico ao impulso maçônico de repensar o matrimônio como um mero contrato civil, promover o divórcio e apoiar a legalização do aborto.

É praticamente impossível ler esta agenda e não reconhecer nela a base de quase todo o nosso discurso político contemporâneo. O fato de muitos de nossos principais partidos políticos, se não todos, apoiarem tranquilamente essas ideias, e o próprio conceito de Estado secular e suas consequências sobre a sociedade ocidental, incluindo a pervasiva cultura do divórcio e a disponibilidade quase universal do aborto, tudo isso é uma vitória da agenda maçônica. E isso levanta questões canônicas muito sérias sobre a participação católica no atual processo político secular.

Dado o entendimento cristalino, no ensinamento da Igreja, do que a conspiração ou a agenda maçônica incluem — a saber, o matrimônio como um mero contrato civil aberto ao divórcio à vontade; o aborto; a exclusão do ensino religioso das escolas públicas; a exclusão da Igreja do provimento de bem-estar social ou do controle de instituições de caridade —, parece-nos impossível não perguntar: quantos de nossos partidos políticos no Ocidente não estariam agora sob a mesma visão? Mais recentemente, o Papa Francisco tem falado repetidas vezes de sua grave preocupação com uma infiltração maçônica na Cúria e em outras organizações católicas. Ao mesmo tempo, ele alertou contra a Igreja se tornar uma mera ONG em seus métodos e objetivos — perigo que vem diretamente dessa mentalidade secularista a que a Igreja sempre chamou “filosofia maçônica”.

Ademais tudo isso, a maçonaria – POR MEIO DE SEU RELATIVISMO RELIGIOSO (discurso do “tanto faz a religião, basta respeitar”) – faz com que muitos católicos, sem perceberem, se afastem lenta e suavemente da fé professada por Cristo. 

Por: Rafael Corradi Nogueira