Ladrão é flagrado no ato de furto de fiação

Ladrão é flagrado no ato de furto de fiação
Foto: Reprodução

Há um ditado antigo que afirma que “a ocasião é que faz o ladrão”. Podemos atualizar mudando a palavra “ocasião” para “oportunidade”. E, em Itaúna, “oportunidade” pode ser traduzida por falta de ação das autoridades no combate à criminalidade, de várias formas. Primeiro, quando não se tem uma atitude de combate à permanência de marginais que se apresentam como “cidadãos em situação de rua”. E, segundo, quando se permite a comercialização, sem uma fiscalização mais presente, de objetos como a fiação de cobre, que é obtida de diversas formas, quase sempre de forma criminosa, como a demonstrada na imagem que anuncia esta matéria.

Marginais aproveitam da falta de fiscalização policial nas madrugadas e se escondem atrás do rótulo de “situação de rua e ou dependentes”, quando, na verdade, são usuários e até mesmo traficantes de drogas. Como eles não são incomodados pelas autoridades, que poderiam executar ação de identificação constante das pessoas em situação de rua espalhadas pela cidade, agem à luz do dia e ou à noite, como no caso em tela. Um homem, provavelmente usuário de drogas, abre a caixa de energia elétrica na Rua Melo Viana, conforme as imagens que a FOLHA teve acesso. Na mesma noite a fiação da Casa Paroquial também foi furtada. No caso da Rua Melo Viana, tranquilamente, o ladrão puxa o fio neutro da instalação, furta cerca de dois metros ou mais da fiação de cobre e deixa o local sem ser incomodado. Comerciantes e residentes da região é que fiquem com o prejuízo, além do problema da falta de energia no início da manhã quando os comércios abrem.

A reportagem ouviu de comerciantes que o recurso encontrado pelos proprietários de imóveis e comerciantes foi o de soldar a tampa da caixa da “Cemig” para evitar os roubos. Porém a soldagem está sendo contestada pela concessionária, que afirmar precisar das mesmas abertas para fazer a manutenção. 

O fato é que é preciso ação para combater o crime, para evitar um mal maior, como mortes, o que poderia ter ocorrido recentemente, quando o Hospital foi vítima desse tipo de ação, tendo a fiação de uma caixa furtada e ficou sem energia elétrica em vários setores, tendo de canalizar a pouca energia que dispunha através de gerador, para atendimentos de urgência e emergência, sendo necessário até mesmo o cancelamento de cirurgias que estavam agendadas. 

Especialistas de outros municípios apontam a necessidade de se identificar os andarilhos e pessoas em situação de rua diariamente. Caso isso seja feito, os marginais são identificados e suas ações inibidas.

Porém também é necessário que se faça campanha junto a sucateiros, pois a conscientização e até mesmo a punição para quem adquire material sem procedência identificada pode impedir a continuidade desse tipo de crime. Se o ladrão tem quem compra o fio de cobre, ele vai continuar furtando. Simples assim. 

E, mais uma vez, é preciso cobrar ações da parte das autoridades, para que esse tipo de crime seja realmente combatido. Prender um ladrão de um metro de fio de cobre não vai adiantar muito, porque ele é solto no outro dia e vai voltar a furtar, para comprar pedra de crack, como todos sabem que acontece. É preciso inteligência e atitudes para combater esse tipo de crime.