Itaúna gera quase 500 empregos em agosto

Acumulado do ano é de 1.017 novas vagas com carteira assinada, com média de 127 ao mês

Itaúna gera quase 500 empregos em agosto
Foto: Reprodução/Novo CAGED


Itaúna apresenta saldo positivo de geração de novas vagas de emprego com carteira assinada pelo sexto mês consecutivo em 2023. Apenas os meses de janeiro e fevereiro tiveram saldo negativo, com números positivos nos meses seguintes, até agosto, que foi informado no início desta semana. Foram criados 463 novos empregos formais no município, o que eleva para 29.149 pessoas trabalhando com carteira assinada. No ano o acumulado já ultrapassa mil novas vagas criadas, o que coloca Itaúna em destaque no ranking da geração de emprego no Estado. Na região, a cidade ficou com a primeira colocação em agosto, sendo a 10ª em geração de empregos em todo o Estado.

Os números mostram uma recuperação notável, já que em julho foram criadas apenas seis novas vagas de emprego na cidade. Mês a mês, a performance de Itaúna no setor é a seguinte: janeiro, 315 demissões; fevereiro, 91 demissões; março, 131 admissões; abril, 471 admissões, sendo o melhor resultado, até aqui. Em maio foram criados 231 novos empregos; em junho, 121; e julho, apenas 6. Em agosto o número voltou a ser expressivo, com 463 novas vagas geradas, sendo o mês em números, até aqui, neste ano. Se não fossem as demissões de janeiro e fevereiro quando, parece, o empresariado esperava as primeiras medidas do Governo Lula, seriam 1.423 novas vagas de saldo.

O setor que mais gerou novos empregos de carteira assinada, novamente, foi o da construção civil, com 358 empregos. Esses números mostram o desenvolvimento do município com muitas construções em andamento, o que também tem reflexo do Governo Lula, que retomou com força o programa Minha Casa, Minha Vida, possibilitando novos investimentos no setor imobiliário. Em seguida vieram os empregos gerados no setor de serviços, com 76 empregos; seguido da indústria, com 18 novas vagas e do comércio, com 13 novos empregos. O setor agropecuário, que não tem muita representatividade em Itaúna registrou duas demissões em agosto.

Análise de especialistas

O crescimento do setor da construção civil, ao mesmo tempo em que demonstra o desenvolvimento da cidade, com novos investimentos imobiliários, também gera uma preocupação a longo prazo, pois se trata de uma área de geração de empregos sem a estabilidade encontrada em outros setores, porque depende de investimentos constantes. A indústria da construção civil tem dois pilares que a movem, que são o de novas moradias e de obras públicas, principalmente. E ambos os setores dependem de investimentos continuados, como os programas Minha Casa, Minha Vida e o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, afirmam especialistas.

Outro fator que, apesar da alta no número de empregos, preocupa é o setor da indústria, que vem perdendo espaço no ranking da geração. Isto, conforme os analistas, aponta que a indústria não acompanha o mesmo nível dos demais setores. Também o crescimento do setor de serviços é visto com desconfiança por alguns analistas, pois a contratação de trabalhadores domésticos ocupa a maior fatia deste mercado. Poucas vagas nos setores da indústria e do comércio, conforme estas análises, preocupam. Porém, como apontam estes mesmos analistas, o que interessa realmente é que tem crescido o número de empregos formais, apontando para uma retomada do desenvolvimento nacional.

Itaúna emprega poucas mulheres

Continua o problema na geração de vagas de emprego com carteira assinada para o público feminino em Itaúna, apesar de as mulheres serem maioria da população. Das 463 vagas criadas no mês de agosto, 74 empregaram trabalhadoras e 389 foram destinadas aos homens. Como a FOLHA tem alertado, o município precisa apresentar alguma medida capaz de mudar esta configuração. Cursos de formação de mão de obra, incentivos na geração, atração de empresas, alguma medida é necessária, para elevar o volume de vagas ofertadas às mulheres itaunenses.