Más e boas notícias, mais más que boas, infelizmente...

Más e boas notícias, mais más que boas, infelizmente...

Nos últimos dias acompanhei uma série de notícias, com a grande maioria delas de cunho péssimo, para todos nós, brasileiros. E para não embrulhar muito o estômago cidadão que ainda preservamos, ao final falaremos de uma boa notícia, pois as há, felizmente. Comecemos então pelo “caminhão de más notícias”. E como não poderia deixar de ser, elas vêm do meio político, useiro e vezeiro de nos assacar, prejudicar, enganar, enrolar, e depois de apresentar a nós, como se fossem ‘salvadores da pátria’.

Pois bem, a primeira “semvergonhice” desse grupo de pessoas que parece se exceder em safadezas a cada dia vem com o aumento aprovado de novos deputados federais, no Congresso Nacional. Isso mesmo, os senadores, aprovaram o aumento do número de deputados federais dos atuais 513, para 531. Uma sobrecarga de custo para o erário, de R$ 270 mil de despesas, para cada um dos 18 acrescidos, a cada mês. Isso dá quase R$ 5 milhões, só em salários e penduricalhos para manter esses 18 novos “representantes” (que deveriam ser do povo). Foram 41 senadores votando a favor, contra 33. Dos mineiros, Rodrigo Pacheco e Carlos Viana foram a favor e o Cleitinho, contra. Serão quasse R$ 60 milhões de aumento de despesas por ano, fora apartamento, carro, emendas... Um verdadeiro assalto aos cofres públicos para aumentar a mamata para mais 18 ‘amigos’.

Mas não ficaram só nisso, nossos ‘amigos’ congressistas. Derrubaram o aumento do IOF – Imposto sobre Operações Financeiras, para beneficiar uma meia dúzia de milionários. E lembrar que eles (a maioria) ficaram caladinhos quando o imposto no governo passado era de 6,38% e hoje alegam que “não pode aumentar”, apesar de estar na faixa de 3,5%. Isso, para não taxar os muito ricos, que são aqueles que bancam as despesas de campanha, que patrocinam as muitas mordomias dos políticos, e é claro, para continuar pagando pouco ou, até em alguns casos, nenhum imposto. Essa medida dos nossos deputados foi para beneficiar grupos que ganham milhões e milhões de reais em isenções e alegam que o cidadão que ganha até R$ 5 mil, não pode ser isento para não prejudicar a economia nacional. 

Os deputados do chamado “centrão”, mais uma vez jogaram contra o País para beneficiar seus apaniguados, os multimilionários que realmente mandam no País. E até agora o Governo não reagiu. Mesmo sabendo que os deputados não poderiam aprovar um decreto legislativo que anula um ato do Executivo, nesta matéria. Esse decreto legislativo só é cabível quando o Executivo está exorbitando de suas funções, coo sabem os juristas e até mesmo os rábulas de balcão. Se é prerrogativa do Executivo estabelecer alíquotas de impostos, quem estaria exorbitando em suas funções é o Congresso, ao interferir em uma questão que não é prerrogativa sua. Que nos lembremos de não votar neste deputados que representam o tal “centrão”, pois eles só agem em benefício deles mesmos e de quem manda neles, por serem eternos lambe-botas de poderosos.

Para encerrar, sem o estômago embrulhado, como disse, não poderia deixar de falar aqui na coleta seletiva de lixo de Itaúna, que chega a 23 anos de existência (na terça-feira, dia primeiro de julho), de maneira ininterrupta, sendo assim a de maior duração no Brasil. É com alegria que podemos afirmar que não existe outro modelo de coleta seletiva, implantado neste País, que tenha esta durabilidade. Isto, apesar de que em alguns governos, tenham tentado acabar com ela de todas as formas, além de que alguns ‘sabichões’ . Mas como o itaunense adquiriu o hábito de separar o seu lixo, felizmente não conseguiram.

E isto me deixa muito orgulhoso, assim como sei que o estão o meu compadre e amigo Ralim Mileib e o ex-prefeito e amigo Osmando Pereira. Nós conseguimos criar um modelo que facilita o entendimento para a separação do lixo e se mantém através do tempo. Sendo, sem dúvidas a razão de a Coopet permanecer forte na sua caminhada. E lembrar que foi preciso vencer muito ceticismo e até ações contrárias de algumas pessoas, no início, além de empecilhos tentados colocar por mandatários, no entrave desta história. A coleta seletiva de lixo de Itaúna, como foi proposta, é maior que a vontade (e a inteligência) de alguns. Temos dito. Viva os 23 anos de coleta seletiva e que venham muitos outros anos mais, pois o que conseguimos mudar foi o costume de um povo.

* Jornalista profissional, especialista em 

comunicação pública e membro da Academia 

Itaunense de Letras – AILE, sendo titular da cadeira 26.