Governo pagou mais R$ 1,5 milhão da ETE

Segundo Portal da Transparência federal, já foram repassados 91,37% do convênio firmado em 2014

Governo pagou mais R$ 1,5 milhão da ETE
Foto: Reprodução/Portal da Transparência


O Governo Federal pagou mais R$ 1.510.517,40 do total de mais de R$ 12,7 milhões conveniados com o Ministério das Cidades, em 2014, para a construção da ETE – Estação de Tratamento de Esgotos, de Itaúna. Nove anos depois, já foi repassado 91,37% do total do repasse acordado, conforme o site do Portal da Transparência. O dinheiro do último repasse foi depositado na conta da Prefeitura de Itaúna no último dia 19 de julho.

A ETE foi iniciada em Itaúna no governo do ex-prefeito Eugênio Pinto, em seu segundo mandato, em março de 2012. O prefeito que o sucedeu, Osmando Pereira, deu continuidade na obra que vinha sendo construída com recursos próprios e conseguiu a liberação junto ao Governo Federal – à época comandado pela presidenta Dilma Roussef – de verba “a fundo perdido”, para a conclusão da obra. O convênio data de 12 de agosto de 2014 e a primeira liberação de recursos, no valor de R$ 39.972,12, aconteceu só no ano seguinte, 2015, no dia 5 de outubro.

O atual prefeito, Neider Moreira, assumiu seu primeiro mandato em 2017 e, de lá para cá, já recebeu trinta repasses de recursos do Governo Federal, totalizando R$ 8.1 milhões, dos R$ 11,6 já repassados. Conforme as informações de bastidores, 11 anos depois de iniciada, a ETE deve ficar pronta neste ano. A obra foi projetada para tratar 219 litros de efluentes por segundo, vazão que era calculada em Itaúna na época do projeto, baseada na população da época. Ainda segundo os dados técnicos, a capacidade é para tratar até 400 litros por segundo, o que dá autonomia à estação para atuar até 2050.

Dentre os especialistas da área de saneamento, o problema do tratamento de esgotos de Itaúna será suficiente para atender a cidade por mais 25 anos, caso seja inaugurada neste ano, sem problemas. Mas o maior entrave que se apresenta no momento é que a rede coletora, que foi construída ao longo dos cursos d’água do município – o Projeto Somma –, que deveria ter sido reformado em vários trechos, já no primeiro ano de mandato da atual administração, chega a 2023 com muitos problemas e a informação de técnicos do SAAE de que deverá ser refeito, com investimento necessário de cerca de R$ 10 milhões.