ESGOTO (QUE NÃO) VAI PARA A ETE...

A uma semana da inauguração da estação de tratamento, grande parte do esgoto é jogada no Rio São João

ESGOTO (QUE NÃO) VAI PARA A ETE...


Quem passa pela MG-050 pode constatar com o olfato o resultado do despejo de esgoto nos cursos d’água da cidade logo ao passar pela ponte sobre o Rio São João, no Trevo de Santanense. O mau cheiro, mais forte em dias de calor, demonstra que, após aguardar por 15 anos pela construção da ETE, seis deles sendo informados da conclusão “próxima” da obra, os itaunenses tem agora a tarefa de aguardar pela recomposição do Projeto Somma, que foi construído para captar o esgoto ao longo dos cursos d’água da área urbana e que está cheio de problemas, exatamente às vésperas da inauguração da estação de tratamento. De um lado, apontam as obras de desassoreamento como causadoras dos estragos nas redes do Projeto Somma e como responsáveis pelos muitos problemas. De outro, afirmam que a falta de obras de manutenção ao longo dos anos é que é a causa do problema. Na realidade, ninguém tem razão, pois deveriam ter sido realizadas obras de manutenção (e alegar que a administração anterior não fez é assumir a própria incompetência de também não ter feito) ou ter cuidado redobrado ao fazer o desassoreamento, sabendo da existência das redes do Somma. O secretário de Infraestrutura disse que “ações do SAAE e da Prefeitura estão sendo realizadas” para corrigir os problemas. Porém eles são muitos, abundantes como erva daninha, e Itaúna ganha a ETE de presente de aniversário de 122 anos, mesmo com o esgoto desaguando, em grande parte, no Rio São João, vindo dos ribeirões Capotos e Joanica.