DESENVOLVIMENTO - Lançamento de edital do gasoduto é adiado

Uma das obras mais esperadas pelo segmento econômico da região teve o lançamento do edital adiado, conforme informou a direção da Gasmig, por falta de segurança no local marcado para acontecer o evento, na quinta-feira, dia 30 de março. Ainda conforme o comunicado da empresa, o número de interessados no tema foi acima do esperado e o auditório onde aconteceria o lançamento não comportaria o volume de participantes, com a devida segurança. Por esse motivo o lançamento do edital das obras foi adiado e uma próxima data será marcada para os próximos dias. 

Trata-se da obra de construção do gasoduto que levará o gás natural até Divinópolis, passando por Betim, Sarzedo, São Joaquim de Bicas, Igarapé, Juatuba, Mateus Leme e Itaúna. O gasoduto ainda passará pela área territorial dos municípios de Carmo do Cajuru e São Gonçalo do Pará, nas divisas destes municípios com Divinópolis, o que pode facilitar o acesso do serviço também a essas localidades. A obra tem investimento previsto de R$ 780 milhões e o início deve ocorrer no segundo semestre deste ano, sendo realizado em etapas.

O cronograma das obras, conforme a assessoria da Gasmig, começa por Sarzedo, Juatuba e Mateus Leme (outubro de 2023 a maio de 2024); Betim (março de 2024 a fevereiro de 2025), Itaúna e Divinópolis (março de 2024 a agosto de 2025). Desta forma, as empresas que pretendem utilizar o recurso já podem se programar para serem atendidas plenamente a partir de 2026.

O gás natural é uma fonte de energia não renovável, já que é produzido a partir de combustíveis fósseis, porém é a menos poluente do segmento. Também tem o custo menor do que os demais combustíveis fósseis, o que é um atrativo a mais, além da facilidade do transporte a partir da instalação dos gasodutos. No caso do gás natural, por exemplo, não há a necessidade do transporte por rodovias, ferrovias etc. É utilizado tanto para o consumo doméstico quanto industrial e comercial.

Itaúna terá ramal “circulando” vários pontos

O mapa do gasoduto mostra que Itaúna terá ramais “circulando” pela área urbana do município e uma extensão em direção à MG-431, tanto sentido Pará de Minas quanto no de Itatiaiuçu. Assim, possibilitará ao atendimento de empresas situadas nas extremidades da cidade. Também é possível visualizar que o ramal contorna a área urbana, estendendo o atendimento o máximo possível a empresas e a áreas residenciais, como no entorno da Barragem do Benfica, onde se situam vários condomínios habitacionais.

O gasoduto projetado terá extensão de 300 quilômetros, ampliando em 20% a infraestrutura da Gasmig. O Centro-Oeste de Minas, na área alcançada pelo projeto, tem população estimada de mais de um milhão de habitantes. Ainda conforme dados divulgados pela Gasmig, a região Centro-Oeste representa 10% do PIB – Produto Interno Bruto, industrial do estado.  A rede atual de gasodutos da Gasmig tem 1.479 km de extensão, atendendo a aproximadamente 83 mil clientes em 43 municípios nas regiões Metropolitana de BH, Sul de Minas, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Campos das Vertentes, que correspondem aos principais polos industriais e concentram mais de 50% da produção industrial do Estado, conforme explica a assessoria da empresa. A Gasmig é “uma sociedade anônima sob o controle indireto do Estado de Minas Gerais”, tendo a Cemig como principal acionista, com 99,6% do capital, e o Município de Belo Horizonte com 0,4%.