“Arrogância e pouco trabalho!”

É a definição do vereador Alexandre Campos para algumas secretarias municipais

“Arrogância e pouco trabalho!”
Foto: Reprodução/Youtube/CMI


Na reunião dos vereadores de Itaúna, na terça-feira, 19, o vice-presidente da Mesa, Alexandre Campos, desabafou e tornou pública uma broca na Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura. Mostrando-se bastante contrariado com as atitudes do pessoal daquela Secretaria e sem citar nomes, ele arrematou que ali ele vê “muita arrogância e pouco trabalho!”. E explicou a sua fúria, comentando o que ocorreu com um projeto de sua autoria, destinando verbas para os clubes de Rotary Cidade Universitária e Itaúna, no valor de R$ 10 mil cada. Essas destinações foram feitas a partir de suas emendas impositivas (valores anuais que cada vereador pode destinar conforme seu entendimento).

Disse o vereador que, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social, o Rotary não realiza ações sociais e, sim, de saúde, e que, portanto, não teria como fazer o repasse da verba destinada. Ainda conforme Alexandre, esse entendimento de que o Rotary “não é social (não tem atividade/ação social) é um entendimento deles, muito errado”. E perguntou: “Se o trabalho que o Rotary faz não é social, o que é então?”. Disse ainda Alexandre Campos que foi preciso a interferência do secretário de Finanças, Valter Amaral, e do procurador-geral, Guilherme Nogueira, para que fosse elaborado um novo projeto para que os recursos chegassem aos clubes de serviço.

Em apoio à fala de Alexandre Campos, outros vereadores afirmaram que encontram os mesmos problemas em relação às entidades que buscam ajudar. Foram citadas várias vezes a ADEFI, a AIDA, a Associação de Pastores e outras. Conformes os vereadores, a atuação da Secretaria citada tem sido um verdadeiro entrave à destinação de recursos para as entidades beneficentes de Itaúna.

Alexandre fala da negativa de informações na Regulação Urbana

Outra queixa do edil Alexandre Campos é, ainda, mais grave e pode gerar até mesmo um processo de cassação de mandato contra o prefeito, caso a Câmara entenda ser necessário apurar com mais detalhes a questão, conforme afirmou à reportagem um ex-vereador. Trata-se da negativa de informações que vem ocorrendo com o vereador, segundo ele, seguidamente, por parte de um funcionário da Secretaria de Regulação Urbana, de nome Jacques.

Mostrando respostas enviadas a ele pelo servidor, Alexandre disse que, sempre que pede um “memorial descritivo” naquela secretaria, de alguma área ou obra do município, recebe a resposta de que “(aquele local) não é passível de denominação”, como se se tratasse apenas de proposta de denominação de bem público. 

Citou algumas rotatórias e concluiu afirmando que “a (estrada) subida do Morro do Bonfim, ele respondeu que não é passível de denominação por se tratar de área particular. Aí eu pergunto: a Prefeitura realiza obra de mais de um milhão de reais ali, em terreno particular? Quem está errado? O prefeito, em mandar calçar aquela estrada?”. E lembrou que a afirmativa do servidor coloca em questão a legalidade da obra, cobrando uma resposta imediata do referido servidor. Um político que acompanhava a reunião afirmou que “esse é um caso a ser analisado. Se a estrada é particular, a Prefeitura não poderia realizar a obra ali”.