VLI prevê investir R$ 2,4 milhões em 2023 na história ferroviária

Itaúna fica “de fora”, com uma estação abandonada em Santanense e vários acidentes em passagens de nível

VLI prevê investir  R$ 2,4 milhões em 2023 na história ferroviária


Houve um tempo em que as locomotivas da Ferrovia Centro-Atlântica cortavam Itaúna e nela levavam passageiros, e os trazia também, contando uma história que deveria ser lembrada em tempos futuros. Hoje, a via férrea, administrada pela VLI, concessionária que assumiu a ferrovia, continua cortando o município, mas as histórias que são contadas não aguçam a vontade de recontá-las no futuro. São de acidentes constantes e abandono de estrutura, como a Estação de Santanense, que se segura para não cair sob os efeitos do tempo.

Enquanto isso, a cidade continua órfã de representação política capaz de incluí-la em programas como o “Estação de Memórias” da VLI que neste ano “destinará mais de R$ 2,4 milhões para preservação da história ferroviária”, como anunciou a assessoria da empresa. O programa, conforme a informação, já recebeu mais de R$ 10 milhões e neste ano, serão mais R$ 2,4 milhões. “Em 2022, o Estação de Memórias chegou a Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e a Cachoeira, na Bahia. Neste ano, além de Três Rios, no Rio de Janeiro, e Divinópolis, no Centro-Oeste Mineiro, o projeto está previsto para ser implantado em Contagem e Santa Luzia, na RMBH; São João del-Rei e Tiradentes, no Campo das Vertentes; Uberaba, Araguari e Campos Altos, no Triângulo; Formiga e Carmo do Cajuru, no Centro-Oeste”, anuncia a assessoria da VLI.

Itaúna permanece de fora dos investimentos. A estação de Santanense, “entregue às moscas, baratas, e outros bichos”, como disse à reportagem um morador daquele bairro. E na linha férrea que corta a cidade passam locomotivas carregadas de vários produtos. Enquanto isso, a população convive com acidentes constantes, envolvendo veículos, já que seus motoristas fazem como as lideranças políticas itaunenses e continuam “não vendo o trem (da história?) passar”.