No “apagar das luzes”, propostas de alterar quadros e vender terreno são rejeitadas na Câmara
Três projetos encaminhados pelo prefeito à Câmara foram derrubados, por unanimidade, acompanhados de muitas críticas por parte dos vereadores. Dois deles propunham alterações na estrutura de cargos do pessoal da educação. Os Projetos de Lei Complementar – PLCs de números 7 e 8 de 2024 foram vistos como “ato final de perseguição do prefeito aos professores”, por um político presente na reunião. Isso porque “não há quaisquer ganhos para a atual administração e só vem gerar insatisfações na categoria, como aliás, aconteceu com a grande maioria dos atos da atual administração em relação ao setor educacional. Parece mais ser uma tentativa de vingança do prefeito ante a impopularidade que ele conquistou em meio aos profissionais do ensino”, disse.
Alguns vereadores apontaram o fato de, dentro de alguns dias começa uma nova administração, que vai propor uma reforma administrativa e não faz sentido alterar a estrutura do setor agora. Alexandre Campos, após criticar as medidas proposta pela atual administração, que tem menos de trinta dias de mandato, ainda deu uma notícia que parece ter agradado a categoria. Afirmou que o próximo prefeito estaria estudando a possibilidade de indicar o titular da pasta de Educação, por meio de um processo seletivo, dentre os servidores efetivos do setor. “Esta seria uma medida bastante acertada”, comentou.
Vender mais terreno?
A terceira derrota de Neider na reunião da terça-feira foi em relação à tentativa, negada, de conseguir autorização para alienar (vender) o terreno onde hoje funciona a Gerência de Trânsito, na esquina da Avenida Rio São João, com a Avenida Jove Soares. Na justificativa da alienação, o projeto destina os recursos para “a construção da nova sede da Gerência Superior de Trânsito e Transportes”. Essa nova sede, na vontade da atual administração, seria na área ao lado da rodoviária.
“Parece que o Neider acha que vai continuar prefeito”, disse um opositor, ao criticar o projeto. Alexandre Campos citou, inclusive, o fato de estar sendo ventilada a criação de uma Secretaria de Segurança Pública, conforme a FOLHA antecipou e que a próxima administração é que vai decidir as necessidades para o setor. Já o edil Tõezinho ainda alertou para uma outra questão: “O déficit é enorme, as afirmações são de que vai ser difícil fechar as contas. Uma alienação dessas pode servir à contabilização de recursos em uma prestação de contas...”. Os recursos obtidos com a venda de imóveis e até mesmo o cálculo da avaliação do terreno podem ser usados no lançamento de créditos na prestação de contas, o que faria diminuir o déficit, segundo esse entendimento. Ao final, os três projetos do prefeito foram derrubados, todos por unanimidade.