Presídio pode ter impedimentos devido a aeroporto

Presídio pode ter impedimentos devido a aeroporto


Há anos a construção de um presídio em Itaúna, para retirar a cadeia pública do centro da cidade, é reivindicada pelas autoridades de segurança pública. O presídio, depois de muita espera, começou a ser construído e tem prazo de dois anos (720 dias) para ser concluído. A obra, com custo estimado em R$ 26,2 milhões, está sendo executada pela Panda Engenharia e tem previsão de capacidade para 306 presos, em área de 30 mil m², doada pelo Município. Conforme a placa de informação da obra, trata-se de uma “cadeia pública” (presídio) masculina. Comentários de bastidores são de que, apesar de a capacidade ser para 306 presos, a estrutura de esgoto, por exemplo, é construída com capacidade para vazão de detritos de até 1,5 mil pessoas, o que pode apontar que existe já uma previsão futura de ampliação de capacidade de abrigo de presos. E isso está gerando apreensão na comunidade.

Porém um outro problema surgiu com a construção do presídio, recentemente. É que ali próximo existe a implantação de um campo de aviação (aeroporto), que já está bastante adiantada. Porém, para o funcionamento do presídio, o fato de aeronaves fazerem “voos baixos” e cortando o céu nas proximidades gera problema de segurança. Também existem questões ligadas à própria estrutura de localização do aeroporto.

Para que seja liberada a prática da aviação no local, a ANAC exige um estudo de prospecção do entorno, para saber se existem construções, a altura dos imóveis, a proximidade, a interferência nos voos etc. É como se fosse um estudo de impacto de vizinhança, necessário a construção de certas proporções. Da mesma forma, a construção do presídio exige medidas de estudo do entorno que possam garantir a normalidade do funcionamento. O fato de aeronaves fazerem voos na região pode impactar a questão da segurança, com certeza.

E foi nesse sentido que o Clube de Aviação de Itaúna enviou ofícios, no início da semana, à Prefeitura, notificando sobre as questões e, também à ANAC, que deve emitir um parecer – aprovando ou não a proximidade do aeroporto com o presídio. E moradores de bairros mais próximos e donos de chácaras também já questionam a obra, apontando os muitos problemas que ocorrerão com a localização do empreendimento prisional muito próximo de núcleos urbanos.