O livro da escritora Maria Lúcia Mendes

O livro da escritora Maria Lúcia Mendes




Manifestação do Professor e Escritor maranhense Charles Simões, acerca do livro Os Girassóis de João, da escritora Maria Lúcia Mendes e do artigo “Humberto de Campos: o passado unindo o presente por meio das letras” publicado na revista da Academia Itaunense de Letras- AILE, vol. II, escrito pelo escritor maranhense Coronel Carlos Furtado:

Quero agradecer-lhes pelo envio das três obras, tanto as duas Revistas da Academia Itaunense de Letras, quanto - Os girassóis de João. Recebi faz uns cinco dias, mas, assim que chegaram só li o primeiro texto do livro da tão distinta Maria Lúcia Mendes

 Estou lendo Os girassóis de João e estou muito feliz porque ela escreve com muita maestria, a sua escrita parece passada por uma lipoaspiração o tempo todo, as escolhas lexicais tão lacônicas parecem ajustadas àquilo que deve ser dito e significado. Cada escolha vocabular é posta no lugar certo e se portam como tinta em tão cara tela, apesar de pouco conhecer sobre o falar mineiro, percebo que ela divide as particularidades de sua terra e gente de uma maneira grandiosa. 

 Além disso, a autora apresenta um humor grandioso no sentido de falar das coisas simples, sejam vivenciadas por ela, ou por outras pessoas, mas que por ela são sempre observadas. O livro todo é um encanto e por isso nos encanta muito. Nunca que se pensa ser escrito por uma intelectual de tão profundo saber, porque, como escritora, ela se distancia das amarras mais fechadas dos textos técnicos e científicos, e como intelectual das letras que é,  nos apresenta uma língua livre, leve e solta, ou seja, ela nos prende do começo ao fim. Eu confesso que assim, não escrevo, porque tenho muito que aprender, mas gosto muito, porque deixa o texto leve, breve, além de muito simples, mas bastante arrojado porque a gente sabe, pela constituição das sentenças, que é produzido por mãos hábeis e mente altamente criativa. 

 Maria Lúcia Mendes também demonstra um respeito às coisas simples e na sua tessitura de quem escreve com amor e porque sabe, nos conduz a um ritmo de leitura que ao sabor da força regozijante de suas  palavras vai nos conduzindo para virar a próxima página e nos deleitar, com cada fantástica narrativa, seja com: Meu Rio São João, O jardim de Celina, O médico e a moça, O sábio, O menino catavento, O relógio, que eu gostei muito, muito; Na ciranda do tempo, Missa das oito, Bentinho do sertão. 

 Enfim, darei continuidade depois, porque o meu tempo é menor do que a grande vontade de continuar lendo, como a gente tem também muitas obrigações, quero dizer que daqui a pouco tempo término.  

 Dizer também que li o texto “Humberto de Campos: o passado unindo o presente por meio das letras” da revista da Academia Itaunense de Letras - AILE, vol. II do distinto Coronel Furtado e gostei muito.  

 Muitíssimo obrigado. 

(Charles Simões)