SAÚDE FEMININA - SUS oferece novo teste para detectar câncer de colo do útero
Inicialmente a tecnologia será ofertada em um município de cada estado. Meta é que teste alcance toda a saúde pública até dezembro de 2026

Agora, o Ministério da Saúde passa a oferecer, via Sistema Único de Saúde (SUS), o teste de biologia molecular DNA-HPV, indicado para o rastreamento organizado do câncer de colo do útero, terceiro tipo de câncer mais incidente em mulheres.
Conforme divulgado, a tecnologia detecta 14 genótipos do papilomavírus humano (HPV), identificando a presença do vírus no organismo antes da ocorrência de lesões ou de câncer em estágios iniciais, mesmo em mulheres assintomáticas.
O teste também reduz a necessidade de exames e intervenções desnecessárias, com intervalos maiores entre as coletas quando o resultado for negativo. “Por ser mais eficaz, a nova tecnologia permite ampliar os intervalos de rastreamento por até cinco anos, aumentando a eficiência e reduzindo custos”, explica o Ministério da Saúde.
Outra vantagem do teste, de acordo com a pasta, é o rastreamento equitativo e de alta performance, que permite alcançar mulheres em áreas remotas ou onde há menor oferta de serviços em saúde.
A ideia é que o novo teste substitua o exame citopatológico popularmente conhecido como papanicolau, que passará a ser realizado apenas para confirmação de casos em que o teste molecular der positivo.
No teste de DNA, a coleta é similar à do papanicolau e envolve a secreção do colo do útero, portanto, a mulher ainda precisa passar por um exame ginecológico. No entanto, ao invés de colocar a secreção em uma lâmina, ela é colocada em um tubo com líquido conservante, que vai para o laboratório, onde é feita a pesquisa do DNA do vírus.
Onde o serviço será oferecido?
Inicialmente, o teste será ofertado em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e no Distrito Federal. A implementação começa com um município em cada estado e será ampliada conforme a finalização da substituição do método.
A expectativa é que, até dezembro de 2026, o rastreio esteja presente na rede pública em todo o território nacional, beneficiando 7 milhões de mulheres com idade entre 25 a 64 anos todos os anos.