Projeto de subsídio de R$ 10 milhões retirado

Na reunião da Câmara, da terça-feira, dia 12 de setembro, nenhuma proposta relativa ao transporte coletivo foi votada. O prefeito retirou o projeto de subsídio no valor de R$ 10 milhões à empresa Via Sul, que estava para ser analisado pelos edis. E o projeto de decreto legislativo que visa suspender o aumento concedido pelo Executivo não foi colocado em pauta por estar ainda no setor jurídico, dependendo de parecer. Conforme apurou a reportagem, o parecer ainda não está concluído por ser difícil “encontrar argumentos” para levar a proposta adiante, conforme afirmou um político que foi procurado pela reportagem e também um advogado ouvido pela FOLHA.

Assim o itaunense continuará pagando o valor de R$ 6,50 na passagem de ônibus, que, segundo informações não confirmadas, seria o valor mais alto do País. O assunto é bastante polêmico e mostra, na Câmara, uma divisão em torno do assunto. Na reunião dos edis, o ex-vereador Geraldino de Sousa Filho, o Mirinho, que tem formação em Direito, fez uso do expediente Participação Popular e afirmou que a proposta de decreto legislativo seria uma prática sem previsão de sucesso, comparando as ações a um “cachorro correndo atrás do próprio rabo”. Mirinho e também a cidadã Júlia Soares defenderam um debate em torno da “tarifa zero”.

Por sua vez, o vereador Kaio Guimarães mostrou que não apoia esta proposta de tarifa zero, rebatendo Mirinho e afirmando que “a proposta do decreto é muito bem feita pela assessoria jurídica”, e devolveu a parábola do “cachorro correndo atrás do próprio rabo” ao ex-vereador, com afirmações de que é inviável o debate sobre o transporte público gratuito. Vários vereadores, como o Da Lua e o Antônio Miranda, lembraram que, com a proposta do prefeito Neider de repassar R$ 26 milhões para a Viasul, daria para bancar pelo menos 13 meses de transporte gratuito em Itaúna e que o assunto deveria, sim, ser debatido na Câmara.