OBRA CARA, DEMORADA E FEDORENTA...

A placa da obra na Avenida Manoel da Custódia tem uma descrição extensa: “Construção de passagens de água no município de Itaúna”; e custo alto: R$ 1,4 milhão. Apesar de constar na placa a informação de que deveria ser concluída em 4 meses, passados cerca de um ano, as máquinas e homens ainda estão lá trabalhando. Tem também o fato de constar o nome do prefeito na placa, o que pode caracterizar irregularidade administrativa, como já divulgado. Nesta semana, a reportagem da FOLHA foi acionada para comparecer ao local e conferir que a obra continua sendo realizada, com várias pessoas trabalhando e máquinas atuando no entorno. E um cidadão ouvido pela reportagem afirma, categoricamente, que “não vai adiantar. Se chover mais forte, vai passar por cima e estragar o asfalto”. Disse ainda que se baseia no fato de terem sido colocadas duas manilhas de um metro de diâmetro cada e que elas não seriam suficientes para segurar a vazão nas enchentes, “principalmente depois de terem destruído uma barraginha de contenção que existia um pouco acima”. Apontam ainda as críticas que foram eliminadas muitas áreas de infiltração da água ao longo do córrego, que hoje recebe volume muito maior de líquidos. E a palavra “líquidos” se baseia no fato de, além da água, muito esgoto estar sendo despejado no córrego. “Aquilo ali fede mais que o antigo banheiro do Bar Azul”, disse um cidadão, “brincando” para lembrar que os frequentadores sentiam o mau cheiro do banheiro do antigo bar a cerca de um 1 km de distância. A definição desta obra, pelos moradores e pessoas que passam pela região, é a de que ela é “cara, demorada (pois nunca acaba) e continua fedorenta!”.