Matagal em quintal e “bichos” de casa no centro da cidade

Vizinhos reclamam de falta de ação da Prefeitura e que foram instados a “chamar o jornal, se fosse mais rápido”

Matagal em quintal e “bichos” de casa no centro da cidade


Lotes vagos, terrenos, cheios de mato e lixo, são comuns por toda a cidade. Inclusive no Centro. E quando os vizinhos desses locais entram em contato com a Ouvidoria da Prefeitura, reclamando da situação, ainda são obrigados a ouvir ironias, como narrou uma reclamante, que, ao cobrar agilidade na resposta e informar que acionaria a reportagem do jornal, ouviu que poderia “chamar se fosse mais rápido”. Não é função do jornal solucionar o problema, mas o recurso dos reclamantes tem sido acionar a FOLHA para tornar pública a situação e cobrar das autoridades alguma medida efetiva, que não sejam promessas e “respostas vagas”, como disse uma moradora da região afetada e vizinha de fundo do lote sujo.

O fato está acontecendo em pleno centro da cidade, na Praça Imaculada Conceição, “pertinho de onde funciona o SINE”, como alertou um reclamante. Conforme uma moradora do local, ela fez a reclamação na Ouvidoria da Prefeitura no dia 23 de janeiro e o protocolo do seu caso teve o número 550. Disse que, no dia 27 de fevereiro, voltou a reclamar da quantidade de mato que cresce no lote que fica no fundo da sua casa (veja imagem). Cerca de um mês depois, no dia 26 de março, voltou a acionar a Ouvidoria e obteve a resposta de que “foi feita a intimação ao proprietário do terreno e que a pessoa teria até o dia 26 de junho para fazer a limpeza”. 

Como a situação não teve mudanças, no dia 6 de junho, a moradora voltou a entrar em contato com a Ouvidoria, para saber se alguma medida havia sido tomada, para acelerar a limpeza que, até então, não tinha acontecido. E aí veio a ironia na resposta, quando a reclamante ouviu que “poderia chamar o jornal se fosse mais rápido”, conforme ela narrou à reportagem. Lembra a reclamante que acionou, em fevereiro, além da Ouvidoria, o setor de zoonoses, dado ao surgimento de insetos, animais peçonhentos e outros bichos. Em outra cobrança, também tentou falar com o pessoal da Vigilância Sanitária, além da equipe da Zoonoses. Até a manhã do dia 29 de junho, quinta-feira, nenhuma providência havia sido tomada.

A reclamação chegou ao jornal acompanhada de várias fotografias mostrando o matagal que cresce no lote. Também foi enviado um vídeo em que uma moradora encontrou um gambá na mesa da cozinha de sua casa, e teve que tocar o animal para que ele saísse da sua cozinha. A reclamação é no sentido de que a Prefeitura tome alguma providência para que o terreno seja limpo, pois, além do gambá, podem aparecer cobras e outros animais, possivelmente, mais perigosos. Fica feito o registro e a cobrança.